Diario de viagem, viajando em grupo...
Encontrei um grupo de pessoas bem interessante, em uma
taverna. Meu mestre tinha razão, nesses lugares a comida é forte e a ânsia de
aventura brota pelo ar. O enjoo dos temperos já passou, há dois dias caminhamos
pelas montanhas. As pessoas que viajam comigo são:
Mandrake: sujeito legal. Primeiro que eu conheci do grupo, logo
vi que gosta de chamar a atenção. Mas, apesar da mania de querer parecer, é uma
pessoa muito sábia, vivida. Entendi na hora que conversávamos com Crom que eu
poderia ofendê-lo ao oferecer minha assistência, tenho muito que aprender com
ele...
Thorim: um anão. Esse reza para um Deus todos os dias, sua
presença é reconfortante. Sinto que ainda vai ser importante para mim algum
dia.
Bellaras: elfo. Nunca havia interagido antes com um Elfo. Ele é
bastante estudioso, percebo que todos os dias ele lê seu livro antes de dormir.
Já vi ele proferindo palavras magicas. “As palavras têm poderes”, já dizia um
velho ditado no meu monastério. Seu corpo é frágil, ele sempre fica pra tras
junto de Mandrake. Mas eu vou ficar por perto deles, posso ajuda-los quando e
se falhar suas magias.
Crom: esse é bruto. É um homem de maneiras rudes mas já o observei limando
suas armas. Sua forma física é formidável, nota-se que desde jovem ele teve um
treinamento marcial. Talvez um pouco de educação fizesse bem para o coitado...
mas vai ser bom combater ao seu lado. Ele tem um dom para o combate, está
sempre alerta. Outro dia, durante a minha vigília eu deixei cair um bule. Ele
já levantou-se empunhando sua espada pronto para o combate. Quase matou o
Mandrake de susto.
Encerrarei
meus relatos por hoje... Espero continuar preenchendo meu diário conforme for
avançando pelo território. Estamos indo em direção a algumas ruinas, onde
alguns anões de Moradim sumiram. Com sorte, lá vai ser onde o castelo que
Bellaras disse que foi engolido pelas montanhas. Ele confia em suas fontes,
então espero que a viagem seja frutífera.
Terceiro
dia, combate frenético, ponte caída joelhos doloridos...
Passamos por uma ponte muito velha. Eu fui o primeiro
a passar, estendi uma corda para meus amigos. Crom foi o ultimo a passar e caiu
da ponte. Quando voltarmos, vamos ter que passar por outro lugar.
Crom
feriu os joelhos, mas Thorim o curou. Fascinante os poderes de um clerico...
Durante a minha vigília, fomos atacados.
Um grupo de orcs. Eu subestimei meus inimigos, parti em fúria e deixei um ponto
fraco na minha guarda. Tomei um golpe muito forte.
Tinha
razão meu pai, lutar no mundo se provou um desafio. Eu devia ter avaliado
melhor minhas opções ao invés de querer aparecer para meus amigos. Thorim se
provou um verdadeiro amigo, me salvou da morte iminente. Eu fui lerdo, eu fui
despreparado, eu fui burro. Já mais deveria ter me afastado do grupo e atacado
com tamanha imprudência. Os deixei desprevenidos, preocupados comigo caído no
chão e ter causado a nossa ruina. Da próxima vez... Da próxima vez eu serei
mais prudente. Crom está gritando em fúria, com o sangue dos orcs pelo seu
corpo. Proxima vez... Lutarei mais ao seu lado. Posso flanquear os inimigos
enquanto ele desfere seus ataques poderosos.
Thorim... Eu estava certo. O anão
me ajudou, não vou esquecer o que ele fez por mim...
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