O golpe me acertou em cheio. A
energia arcana que protegia o meu corpo não foi suficiente para conter a força
do golpe do Bugbear. Paguei o preço por não abandonar meus
companheiros e tentar vencer as duas criaturas sozinho. Apesar de ser um
eterno aprendiz dos conhecimentos arcanos e não possuir nenhuma experiência em
combates corpo a corpo, eu tentei vencê-los utilizando uma espada larga
quebrada (sim, eu fiz isso). Sem dúvida uma decisão no mínimo insensata para
alguém que preza sempre a adoção das razão para toda e qualquer tipo de tomada
de decisão.
O golpe atinge o meu peito e em
seguida perco as forças e desmaio. No último suspiro que tive pensei que era o
fim. Mas, são nessas horas que crescemos e o inexplicável acontece. Senti uma
energia boa envolvendo o meu corpo, curando as minhas feridas. Já havia sentido
isso antes, parecia ser algo poderoso, algo divino... Sim! Era Thorim. Mas ele
estava desmaiado e muito machucado também, por conta dos ferimentos causados na batalha,
como foi que ele conseguiu utilizar sua magia divina? Bom, isso ainda é um
mistério para mim e acredito que Moradim tenha de fato nos ajudado. O Anão
conseguiu nos curar e eu após ter caído em função dos golpes consigo novamente
me levantar (um viva a Moradim!).
Assim que me levanto, percebo no horizonte as duas criaturas perseguindo alguém, que provavelmente devia ser
Mandrake. O feiticeiro como eu disse fugiu ao perceber a queda do grupo e uma
eventual derrota. Rapidamente Krolm e Thorim ficam de pé e eu lhes conto sobre
a tentativa de fuga de Mandrake. Diferentemente da atitude do feiticeiro, nós resolvemos
tentar ajudá-lo (e não abandoná-lo) e embora muito debilitados fomos atrás das duas criaturas.
Percebo que Krolm está cansado e ainda ferido. O anão também não está bem.
Embora consigamos nos levantar, a energia divina não foi suficiente para nos curar
completamente. Heroicamente (ou burramente) tentaremos dar cabo das duas
criaturas restantes.
Estávamos de pé, ainda feridos,
mas de pé. Sabíamos que o feiticeiro não iria durar muito caso as criaturas o
alcançasse. Caminhamos a um passo acelerado (sem correr, Krolm estava de fato cansado)
e quando estávamos descendo uma colina avistamos as duas criaturas (de fato nós
ficamos frente a frente novamente por conta da descida ingrime do terreno). Elas também aparentavam cansaço pois
certamente perseguiram Mandrake por muitos metros. Sinceramente acreditei que o
feiticeiro já poderia estar morto e sua fuga poderia ter falhado. Acho que as
criaturas ficaram surpresas pois na mente inferior delas a essa altura já
estaríamos mortos por conta dos ferimentos. Aquela situação seria decidida
agora e não iriamos recuar (muito menos eles).
Um novo combate se iniciou.
Infelizmente o anão sofreu um duro golpe e mais uma vez caiu em batalha. Eu
havia observado os passos do fujão, digo do feiticeiro e entendi o que ele
fazia para ajudar o Bárbaro na luta. Resolvi fazer o mesmo e me posicional para
ajudar Krolm nas defesas dos ataques recebidos das criaturas. Derrubamos uma
dos monstros e agora restava um contra 2 (ok, 1 contra 1,5...), certamente uma vantagem que nos
favorecia. Porém, por ironia do destino, Krolm é ferido novamente e cai
desmaiado. E foi nesse momento que avistei Mandrake no horizonte. O feiticeiro
não havia morrido e agora éramos 2 contra 1 (Ok, 1 x 1).
Após a queda de meus companheiros,
a criatura me olha e transparece uma “trégua”. Sim, ela aparenta cansaço. Era
como se ela quisesse me dizer assim: “Olha amigo, se você quiser fugir, por mim
tudo bem...”. Pensei comigo mesmo, tento fugir. Se a criatura for embora, volto
e tento ajudar meus companheiros. E foi isso que eu fiz, corri dali com o intuito de
testar o Bugbear. Felizmente deu certo, ele também recuou e foi embora,
deixando para traz Mandrake (ainda um pouco distante) e eu. Sinceramente eu não
sei se o monstro havia percebido o feiticeiro, mas de qualquer forma ela foi
embora.
Assim que ela parte eu “inteligentemente”
(sim amigo, foram uma série de atos até aqui que mostram o quão lógico eu fui
nessa história...) grito para chamar a atenção de Mandrake, ainda um pouco
distante. O feiticeiro aparentava muito cansaço. Certamente ele deve ter corrido
muito para salvar a sua vida. Obviamente, a criatura escuta a minha voz e claro, resolve voltar e tentar finalizar o trabalho. Agora era
tudo ou nada, não havia mais como voltar atrás e teríamos um combate até a
morte, eu (ferido), Mandrake (exausto) e o Bugbear (cansado). Uma cena dependendo do
ponto de vista um pouco engraçada.
Eu estava usando a minha espada
quebrada (sim, um mago com uma espada quebrada) e sabia que aquela não era a
melhor arma para derrotar um monstro daquele porte (muito menos quando não se
tem a perícia e o preparo técnico de combate de um bárbaro como Krolm). Assim,
pensei em intimidá-lo usando um truque de mãos mágicas que consiste em utilizar
telecinésia para trazer a espada que Krolm usava (eu comentei que havia
oferecido a obra prima élfica ao Bárbaro, que recolhi do elfo guerreiro após a
nossa cura/recuperação milagrosa? Comentei também que Krolm quebrou ele logo em
seguida?). Infelizmente não consegui obter o resultado que esperava e não
consegui intimidar e muito menos afugentar a criatura. Enfim, o combate era
inevitável.
Eu parti em carga com metade da
espada dupla élfica em minhas mãos (uma outra cena um tanto quanto engraçada) para
cima da criatura. Incrivelmente, após algumas tentativas eu consegui ferir o
mostro. Comecei a acreditar que era capaz de vencer aquela luta com a ajuda de Mandrake
que a essa altura já estava também no combate. Após uma série de ataques meus e
também da criatura eu sou novamente ferido. O poder arcano que me envolvia (sim, a minha
fiel armadura arcana ainda estava de pé! Como é fantástica a magia não é
mesmo?) ainda estava ativo, mas infelizmente não foi suficiente para me
proteger. E novamente eu caio em combate e desmaio, deixando Mandrake terminar o
serviço (dessa vez ele não iria fugir pois estava de fato exausto).
Continua...
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