Estou na fila para ser o proximo mestre de campanha do meu grupo de RPG. Tive a oportunidade de mestrar, durante um pouco tempo, em D&D 3.5. Confesso que boiei e muito nas regras, eu era muito novato ainda no sistema para mestrar.
Porém... a cada dia aprendo coisas novas no sistema e me sinto mais apto a mestrar uma campanha. Quero muito colocar em prática um cenário próprio e comecei a rabiscar algumas linhas. Segue um resumo, um apanhado geral no qual descrevo vagamente o que pretendo que seja o mundo que eu criei, chamado de Edora.
Fiz uma descrição bem superficial dos deuses, tecnologia e territorios. Eu quis criar um mundo com um formato totalmente diferente do que estamos acostumados, dois grandes continentes e um menor, medio ao meio. Veremos no que vai dar....
*Estou fazendo alguns ajustes ainda no cenário, como isso é uma prévia pode ser que hajam diferenças no texto, esta é a segunda revisão do texto, mudei o nome do continente de Draegor para Draegon. Mudança pequena mas para evitar comparações com a Draenor de world of warcraft...
** Alterado, ao inves de "Fraternidade Real" a facção que controla Asturia é o Imperio Astur.
Segue:
O começo era trevas, e nas trevas
surgiram três luzes. E assim que que todos os clérigos de Edora se referem a
criação de seu mundo.
Edora
é um grande planeta, dividido entre 3 grandes massas de terras. O continente do
leste é chamado de Draegon. O menor continente, considerado o centro do mundo é
chamado de Giran e o continente do oeste chamado de Asturia. Alguns povos
acreditam que cada continente representa uma divindade maior, de mesmo nome.
Irmãos que nos primórdios dos tempos se separaram.
Draegon:
Também chamado
em Asturia de o continente primitivo. Draegon é composto em sua maioria por
reinos, cada qual com suas divisões e territórios. A maior cidade, considerada
a capital continental de Draegon é Baskara. O continente vive sobre um
triunvirato, reinado por três reis de antigos reinados (um rei humano, um elfo
e uma rainha anã) que antes estavam em guerra e se uniram sobre uma grande
bandeira. Eles formaram a Grande Irmandade, uma aliança entre todos os reinos
que comandam e defendem todo o continente. A influência da Grande Irmandade é
total, todas as cidades civilizadas respondem a Irmandade.
Draegon
é conhecida como o reino primitivo, pois é lar de criaturas selvagens, velhas tribos que
resistem a civilização que a Grande Irmandade tenta impor em todo o continente.
Há um reino que faz parte do triunvirato que defende a liberdade dos chamados
povos primitivos, respeitando a sua escolha a liberdade. Isso é tema de
diversos debates, mas o acordo mutuo até o momento é de respeito e isolamento
das tribos primitivas. Há vastas regiões
selvagens que fogem do controle e da vigia da Irmandade, mas tais regiões são
de conhecimento das cidades civilizadas. Nessas regiões, cultos de deuses
profanos, conjuradores insanos e seres abissais ficam a espreita a procura de
incautos. Andar por regiões selvagens é andar ao lado do perigo.
Asturia:
Asturia
é um continente que se gaba de ser uma região civilizada. Entretanto, Asturia
está imersa em uma grande teia de intrigas e assassinatos reais. Ela é dividida
em três grandes blocos, todos comandados por uma única facção que se intitula a
Império Astur . Foi o lar de grandes e nobres reis no passado, mas atualmente
carece de uma liderança concisa. As regiões selvagens de Asturia são lares de
criaturas antigas e poderosas, cujas quais já desafiaram no passado os chamados
povos modernos. Atualmente, a Império Astur está sobre a liderança do Imperador
Frei, abaixo dele há outros regentes de cidades e territórios, mas todos
obedecem apenas o comando do grande Imperador.
Em Asturia, as regiões selvagens
são ainda mais perigosas do que em Draegon, há a presença de tribos primitivas,
mas as mesmas são cada vez mais raras nos dias modernos.
Giran:
Giran é o menor e mais organizado
território de Edora. Giran é considerado um território neutro, e sua maior
cidade é chamada de Liefen.
Em Liefen, tantos Draegoanos
quanto Asturianos são bem vindos e o território é totalmente neutro, o que
significa que nenhum tipo de conflito militar é tolerado.
O conhecimento floresce em Giran,
a cultura é rica e a tolerância é absoluta. Entretanto, por ser um território
pequeno, a densidade demográfica cada vez frequente fez com que o grande Concilio
entidade que rege as leis e comanda Giran, decretasse um rigoroso controle de
ida e vinda. Geralmente mercadores tem o acesso liberado ao continente, mas
viajantes ficam somente pequenos períodos de tempo no em Giran.
Em Giran, existem grandes escolas
mágicas, e grandes templos religiosos...
Tecnologia:
A tecnologia existe em Edora, mas
ainda é muito rudimentar. As armas de fogo ainda estão sendo aperfeiçoadas e
não são bem vistas entre os cavaleiros nobres. Há dois expoentes de
tecnológicos em Edora: tecnologia Goblina e Gnômica.
Tecnologia goblinica: desenvolvida
por Goblins engenheiros, presentes em Draegon e um pequeno cartel de
engenheiros em Asturia.
Tecnologia Gnômica: presentes em
sua maioria em Asturia, os gnomos tem um pequeno acampamento em Draegon. Tem
uma guilda de desenvolvimento tecnológico em Giran, mas o seu acesso é
extremamente limitado.
Religião:
VELHOS DEUSES
A religião em Edora é politeísta.
Em todos os reinos, desde a antiguidade, os povos veneram os velhos deuses: O
Tribunal Vivo, A mãe celestial, O Nada, Astor (de Asturia), Deusa Gilren (de
Giran) e Draen (de Draegon). Em uma
visão simplista acredita que o Tribunal Vivo seja o pai, e a mãe celestial a
progenitora dos filhos Astor, Gilren e Draen. O nada é o vazio, a decadência, o
silêncio... Uma antítese a tudo que representa a Mãe Celestial e até mesmo a
neutralidade o Tribunal vivo é O Nada.
O Deus maior
chamado de Tribunal Vivo é um grande ser, armadurado, com três faces. Alguns religiosos acreditam que o Tribunal
Vivo rege as leis do universo e é ele quem escolheu aqueles que ascenderam como
deuses menores. Não se sabe ao certo se isso é verdade, mas as pessoas, de uma
forma geral em Edora, acreditam na força do Tribunal Vivo. A mãe celestial
representa toda a benevolência. Ela é considerada a criadora de todos os seres
viventes de Edora. E vista com grande carinho, até mesmo pelas tribos mais
simples e selvagens.
O Nada é o
vazio, a escuridão, o silencio eterno. Dizem que antes da luz já havia o Nada,
quieto, vazio, tranquilo... Até que surgiu o principio. Com ele, e com A mãe
celestial e a neutralidade absoluta do Tribunal Vivo, Nada se despertou. Nada
foi contra a vida, a criação de Edora e dos seres vivos. Nada é o ódio perante
o progresso, é a estagnação eterna. Os únicos seres que abertamente adoram e
veneram O Nada são os aracnaes, raça de seres inteligentes semelhantes a
aranhas os quais tem como deuses Maracna e Nada.
****
O
sentimento religioso é algo muito forte em Edora, embora existam pessoas e
sociedades de uma forma geral que não acreditem ou não sigam nenhum tipo de
religião. Mesmo aqueles que escolhem focar em uma vida mais material sentem, em
seu intimo, uma presença a qual ignoram com muito ardor.
NOVOS DEUSES
Com o tempo surgiram outras
divindades, os chamados novos deuses. Segue suas descrições abaixo:
Alenara: Deusa da magia. Segundo os elfos e os humanos, Alenara foi
o primeiro ser vivente de Edora a ter contato com o arcano. Alguns dizem que é
filha de Gilren, que criou sua prole para disseminar o conhecimento mágico por
toda a criação. Alenara é uma deusa misericordiosa, aldeões, principalmente de Draegon,
rezam por ela pedindo proteção. Guildas mágicas religiosas a reverenciam.
Algor: deus associado à guerra. Era um poderoso guerreiro Asturiano
que ganhou inúmeras batalhas contra Draegon. Algor foi amaldiçoado por um
feiticeiro Draegoano, e ascendeu ao panteão quando se sacrificou para salvar o
seu exercito. Apesar da sua natureza violenta, é considerado um Deus justo.
Nesmodan: deus associado à espiritualidade. Nesmodan foi um
poderoso feiticeiro que ascendeu ao panteão ao proteger Draegon de uma invasão
de extraplanares do reino inferior. Seu irmão, Gorh foi um necromante que teve
contato com os planos inferiores e invocou os seres para a idade. Nesmodan
derrotou a legião infernal, e ascendeu ao panteão. Porem, seu irmão Gorh também
virou uma divindade... uma divindade
maligna.
Gorh: deus ligado a energias negativas, necromancia. Irmão mais
novo de Nesmodan, desceu para o submundo e invocou as legiões malignas. Movido
pela cobiça, queria dominar as minas de mithrill e prata de Draegon. Foi
derrotado por seu irmão, mas ascendeu ao panteão representando a malignidade em
Edora. Há cultos secretos para essa divindade.
Nila: deusa da natureza. Nila é a grande deus da natureza,
representa as vicissitudes da natureza em Edora, muito cultuada entre os
druidas, de todos os continentes. E benevolente para com os amantes e
protetores da natureza selvagem. E muito cultuada por tribos primitivas de Draegon
e Asturia.
Mãe noite: Deusa ligada a morte, assassinatos. A mãe noite é a
silenciosa protetora da noite, das crianças da noite. AS vezes atuando como
protetora, as vezes como algoz, de fato ninguém sabe ao certo quais as
motivações da Mãe noite. Há cultos a mãe noite, e sociedades de criaturas da
noite que a cultuam em segredo.
Nambo: Deus da fortuna. Nambo era um grande mercador, joalheiro e
mercador. Em tempos antigos ele vagava pelos continentes vendendo suas
mercadorias. Era uma pessoa benevolente e ascendeu ao panteão.
Abizalon: Deus associado a maldade, negatividade. Abizalon é um
deus que provem dos mares negros, dizem que é um ser das profundezas que
declarou guerra contra os povos da superfície e ascendeu ao panteão ao morrer.
Se há cultos a essa divindade, são obscuros demais para conhecimento geral.
Markon: Deus da mentira. Markon era um ladrão muito habilidoso que,
segundo as lendas, conseguiu enganar um poderoso dragão de Asturia. Se enrolou
tanto em mentiras que acabou pego pelo Dragão. Usando toda sua lábia conseguiu
mais uma vez enganar o dragão e em um sacrifício para proteger uma vila acabou
ascendendo ao panteão. Markon é um deus caótico, mas frequentemente associado a
coisas boas.
Senhor das moscas: Esse deus é conhecido e cultuado por culturas
primitivas goblinoides. Pouco sabe-se a origem do senhor das moscas mas sua
influência é sentida e notada em altares em regiões ermas. Alguém de uma
sociedade civilizada cultuar o senhor das moscas é visto com mau augúrio.
Nepheliss: deus do submundo. Nepheliss foi um grande bruxo que, não
contente com os poderes que recebeu de entidades demoníacas decidiu que deveria
dominar todos os continentes. Ele fez um pacto com o deus Gorh, em busca de aumentar a sua própria
influencia. Porém, Gorh o traiu e em uma investida de alguns campeões Nepheliss
foi subjugado. Por seus crimes, ele foi condenado a morte por decapitação. Seus
restos mortais foram queimados e sua cabeça foi petrificada para servir de
exemplo. Porém, 10 anos após a sua morte o mausoléu onde estava guardado a sua
cabeça foi violado. A mesma sumiu, e começaram a surgir boatos sobre as
atividades de um ser sombrio direcionando as forças de grupos selvagens tanto
contra Asturia quanto em Draegon. Um grande embate foi feito e a identidade da
entidade foi revelada. Era Nepheliss que voltou do além e ascendeu a divindade.
Ele agora estava governando o submundo e estava em pé de guerra contra Gorh.
Houveram várias manifestações em toda Edora do embate dos dois deuses malignos,
no que foi conhecido como as eras negras. Ao fim desse período, Nepheliss ficou como o Deus do submundo, um
eterno rival de Gorh.
Maracna: Rainha da escuridão. Dizem que o único ser que o Deus
maior O Nada já nutriu algum sentimento, foi por Maracna. Ela era uma aracnae
atroz, filha de uma enorme ninhada. Assim que eclodiu, Maracna sentiu um enorme
vazio, uma descrença totalmente contraria do que seus irmãos sentiram ao
eclodir dos ovos. Maracna queria paz e vazio, e queria isso com tanto afinco
que despertou o interesse de Nada. Nada infundio Maracna com seu poder, deu-lhe
consciência e acompanhou enquanto ela crescia. Usou-a e suas crias para seus
próprios propósitos e quando ela morreu ascendeu ao patamar de divindade. Há
relatos de cultos a grande Deusa Aranha em cidades civilizadas de Draegon, mas
nada até o momento confirmado.
Resumo de tendências divinas:
Deuses bons:
Mãe Celestial: deusa maior
(leal/Bom)
Draen: deus maior (leal/bom)
Gilren deusa maior (tendencia
leal/boa)
Alenara: Deusa menor (leal/boa)
Nesmodan: deus menor (leal bom)
Deuses neutros:
Tribunal Vivo: deus maior
(neutro/neutro)
Astor: deus maior (leal/neutro)
Algor: deus menor (leal/neutro)
Nila: Deusa da natureza
(neutro/neutro)
Mãe noite: deusa da morte
(neutra/neutra)
Nambo: deus da fortuna
(caotico/neutro)
Markon: deus da mentira
(caotico/bom)
Deuses malignos:
O Nada: Deus maior (caótico/mal)
Maracna: Deusa menor (caótica/má)
Gorh: deus menor (leal/mal)
Abizalon: deus menor (caótico/mal)
Senhor das moscas: deus menor
(neutro/mal)
Nepheliss: deus menor (leal/mal)
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