segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Elfos x Bugbears (Parte 3)

Após ser ferido, caio novamente em batalha. Havia feito o meu melhor enfrentando a criatura, lutando (ou tentando) como um verdadeiro guerreiro apesar de não ter aptidão nenhuma para com essa carreira. Enfim, havia caído tentando proteger os meus amigos e claro, não posso esquecer a razão disso tudo, cai tentando ajudar os meus irmãos de sangue Elfos (apesar de nenhum ter sobrevivido). Até aqui me senti frustrado. Havíamos lutado bravamente para que? para cairmos diante dessas criaturas? Sim, elas afetam de alguma forma o equilíbrio entre bem e mal desse mundo (essa conversa pode ir longe...) e quanto menos delas existirem melhor, mas, até então tudo que passamos foi em vão. Frustração, foi o que senti nos segundos finais que tive de consciência.  

Mas este será mesmo o fim? Certamente as chances de uma nova intervenção divina são remotas, restando então apenas uma oportunidade, Mandrake. Ele poderia (embora exausto) finalizar a criatura, pois ela já estava ferida. Consegui feri-la em combate e ele teria sim condições de terminar o trabalho. E foi assim que aconteceu, ele conseguiu com um virote de besta ferir o Bugbear e o matou. Ótimo trabalho feiticeiro, sua fama de fujão certamente será minimizada depois deste feito. Eu obviamente não vi nada pois estava inconsciente, mas pelo que me foi contado depois por ele, o restante da luta foi feroz. Enfim, estávamos feridos, porem iriamos (de certa forma) viver.

Após a queda do monstro, todos estávamos inconscientes e Mandrake muito debilitado. Foi então que apareceu uma nova figura no jogo, um novo companheiro, Vargas o ranger. Ele apareceu em um momento em que estávamos perto do fim, ou seja, ele chegou em uma ótima hora. Fomos carregados morro a cima (certamente Krolm pelo seu tamanho deve ter dado trabalho) e colocados em volta de uma fogueira em segurança. Ali iríamos passar a noite. Acredite, ter uma companheiro que entende bem de sobrevivência, maximiza muito as chances de sucesso em um lugar desses, ainda mais no inverno e também após um combate terrível como o que enfrentamos.



Acordei somente na manhã seguinte. Até então eu não conhecia Vargas mas estava ferido e cansado demais para questionar a sua presença. Se ele quisesse fazer algum mal contra a gente ele já teria feito. E foi nessa linha de pensamento que resolvi entender melhor a situação. Vargas havia nos ajudado e também limpado o campo de batalha que agora contemplava os corpos dos Elfos e também das criaturas que caíram em batalha. Recolhemos os espólios que teoricamente teriam algum valor (principalmente os mágicos). Infelizmente os Elfos caídos no combate não iriam mais precisar de seus pertences e estes seriam mais úteis conosco.

Vargas nos guiou depois até um forte protegido por Elfos. Certamente o grupo que enfrentava as criaturas deve ter vindo deste local. Diante de todo o cenário que havíamos passado, comecei a entender que algo maior estava acontecendo. A continuação dessa história eu conto depois...

Hantale (Obrigado).



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Elfos x Bugbears (Parte 2)

O golpe me acertou em cheio. A energia arcana que protegia o meu corpo não foi suficiente para conter a força do golpe do Bugbear. Paguei o preço por não abandonar meus companheiros e tentar vencer as duas criaturas sozinho. Apesar de ser um eterno aprendiz dos conhecimentos arcanos e não possuir nenhuma experiência em combates corpo a corpo, eu tentei vencê-los utilizando uma espada larga quebrada (sim, eu fiz isso). Sem dúvida uma decisão no mínimo insensata para alguém que preza sempre a adoção das razão para toda e qualquer tipo de tomada de decisão.

O golpe atinge o meu peito e em seguida perco as forças e desmaio. No último suspiro que tive pensei que era o fim. Mas, são nessas horas que crescemos e o inexplicável acontece. Senti uma energia boa envolvendo o meu corpo, curando as minhas feridas. Já havia sentido isso antes, parecia ser algo poderoso, algo divino... Sim! Era Thorim. Mas ele estava desmaiado e muito machucado também, por conta dos ferimentos causados na batalha, como foi que ele conseguiu utilizar sua magia divina? Bom, isso ainda é um mistério para mim e acredito que Moradim tenha de fato nos ajudado. O Anão conseguiu nos curar e eu após ter caído em função dos golpes consigo novamente me levantar (um viva a Moradim!).



Assim que me levanto, percebo no horizonte as duas criaturas perseguindo alguém, que provavelmente devia ser Mandrake. O feiticeiro como eu disse fugiu ao perceber a queda do grupo e uma eventual derrota. Rapidamente Krolm e Thorim ficam de pé e eu lhes conto sobre a tentativa de fuga de Mandrake. Diferentemente da atitude do feiticeiro, nós resolvemos tentar ajudá-lo (e não abandoná-lo) e embora muito debilitados fomos atrás das duas criaturas. Percebo que Krolm está cansado e ainda ferido. O anão também não está bem. Embora consigamos nos levantar, a energia divina não foi suficiente para nos curar completamente. Heroicamente (ou burramente) tentaremos dar cabo das duas criaturas restantes.

Estávamos de pé, ainda feridos, mas de pé. Sabíamos que o feiticeiro não iria durar muito caso as criaturas o alcançasse. Caminhamos a um passo acelerado (sem correr, Krolm estava de fato cansado) e quando estávamos descendo uma colina avistamos as duas criaturas (de fato nós ficamos frente a frente novamente por conta da descida ingrime do terreno). Elas também aparentavam cansaço pois certamente perseguiram Mandrake por muitos metros. Sinceramente acreditei que o feiticeiro já poderia estar morto e sua fuga poderia ter falhado. Acho que as criaturas ficaram surpresas pois na mente inferior delas a essa altura já estaríamos mortos por conta dos ferimentos. Aquela situação seria decidida agora e não iriamos recuar (muito menos eles).

Um novo combate se iniciou. Infelizmente o anão sofreu um duro golpe e mais uma vez caiu em batalha. Eu havia observado os passos do fujão, digo do feiticeiro e entendi o que ele fazia para ajudar o Bárbaro na luta. Resolvi fazer o mesmo e me posicional para ajudar Krolm nas defesas dos ataques recebidos das criaturas. Derrubamos uma dos monstros e agora restava um contra 2 (ok, 1 contra 1,5...), certamente uma vantagem que nos favorecia. Porém, por ironia do destino, Krolm é ferido novamente e cai desmaiado. E foi nesse momento que avistei Mandrake no horizonte. O feiticeiro não havia morrido e agora éramos 2 contra 1 (Ok, 1 x 1).

Após a queda de meus companheiros, a criatura me olha e transparece uma “trégua”. Sim, ela aparenta cansaço. Era como se ela quisesse me dizer assim: “Olha amigo, se você quiser fugir, por mim tudo bem...”. Pensei comigo mesmo, tento fugir. Se a criatura for embora, volto e tento ajudar meus companheiros. E foi isso que eu fiz, corri dali com o intuito de testar o Bugbear. Felizmente deu certo, ele também recuou e foi embora, deixando para traz Mandrake (ainda um pouco distante) e eu. Sinceramente eu não sei se o monstro havia percebido o feiticeiro, mas de qualquer forma ela foi embora.

Assim que ela parte eu “inteligentemente” (sim amigo, foram uma série de atos até aqui que mostram o quão lógico eu fui nessa história...) grito para chamar a atenção de Mandrake, ainda um pouco distante. O feiticeiro aparentava muito cansaço. Certamente ele deve ter corrido muito para salvar a sua vida. Obviamente, a criatura escuta a minha voz e claro, resolve voltar e tentar finalizar o trabalho. Agora era tudo ou nada, não havia mais como voltar atrás e teríamos um combate até a morte, eu (ferido), Mandrake (exausto) e o Bugbear (cansado). Uma cena dependendo do ponto de vista um pouco engraçada.

Eu estava usando a minha espada quebrada (sim, um mago com uma espada quebrada) e sabia que aquela não era a melhor arma para derrotar um monstro daquele porte (muito menos quando não se tem a perícia e o preparo técnico de combate de um bárbaro como Krolm). Assim, pensei em intimidá-lo usando um truque de mãos mágicas que consiste em utilizar telecinésia para trazer a espada que Krolm usava (eu comentei que havia oferecido a obra prima élfica ao Bárbaro, que recolhi do elfo guerreiro após a nossa cura/recuperação milagrosa? Comentei também que Krolm quebrou ele logo em seguida?). Infelizmente não consegui obter o resultado que esperava e não consegui intimidar e muito menos afugentar a criatura. Enfim, o combate era inevitável.

Eu parti em carga com metade da espada dupla élfica em minhas mãos (uma outra cena um tanto quanto engraçada) para cima da criatura. Incrivelmente, após algumas tentativas eu consegui ferir o mostro. Comecei a acreditar que era capaz de vencer aquela luta com a ajuda de Mandrake que a essa altura já estava também no combate. Após uma série de ataques meus e também da criatura eu sou novamente ferido. O poder arcano que me envolvia (sim, a minha fiel armadura arcana ainda estava de pé! Como é fantástica a magia não é mesmo?) ainda estava ativo, mas infelizmente não foi suficiente para me proteger. E novamente eu caio em combate e desmaio, deixando Mandrake terminar o serviço (dessa vez ele não iria fugir pois estava de fato exausto).




Continua...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A grande batalha! Elfos x Bugbears

Elfos! x Bugbears (Parte 1)

Assim que conseguimos chegar a margem, escutamos barulho de luta. Tal barulho nos indicou aonde o combate estava acontecendo e foi assim que percebi que dois grupos lutavam ferozmente. Eram Bugbears e Elfos. Sim, Elfos amigo, e no atual contexto, quando existe um combate nesse nível em um lugar remoto desses, existem grandes chances de não ser coisa boa. Elfos muitas vezes, salvo exceções, possuem bons motivos para confrontar, orcs, goblins e desta vez, bugbears. E pensando nisso, e claro, confuso e molhado por conta da queda no rio gelado, que eu resolvi entrar na luta a favor de meus irmão de sangue. Sem dúvidas uma atitude um tanto quanto imprudente para quem se diz racional. Mas enfim, todos estamos suscetíveis as vicissitudes das emoções e foi baseado nisso, no calor e na emoção que me comportei de maneira inadequada e parti para o ataque sem muita estratégia, haja vista que meus companheiros não estavam prontos e muito menos avisados de minha ação.



Quando entrei no combate percebi que existia um pequeno grupo de elfos ainda de pé, lutando ferozmente contra as criaturas. Tudo aconteceu muito rápido, mas eu pude perceber uma elfa portando um belo par de adagas (sim, adagas, provavelmente uma batedora), um guerreiro portanto uma espada dupla (uma bela obra prima élfica), um guerreiro com uma espada e escudo e também um arqueiro um pouco mais recuado. Era um grupo teoricamente bem formado que sabia o que estava fazendo. Enfim, uma situação um tanto quanto inusitada para a atual situação.

Já conjurando a minha armadura arcana (uma das simples e poderosas opções da escola de conjuração) que sempre me acompanha nos perigos dos combates, investi na primeira criatura que vi na minha frente. Em seguida, escolhi utilizar outra magia clássica, porem agora da escola de evocação, misseis mágicos (coloquei no plural pois um dia conseguirei evocar mais um projétil). Eu sei que no atual momento de minha carreira arcana, tal magia não conseguiria derrubar um bugbear, porem, conseguiria chamar a atenção do mostro que estava atacando o grupo élfico e ajudar a aliviar a pressão em cima dos guerreiros (mais uma atitude que faltou de estratégia). Pois bem, eu consegui o que queria e chamei a atenção de uma das criaturas que resolveu investir contra mim. Em menos de um minuto eu já estava envolvido em todo o combate. A criatura que acertei com os mísseis veio para cima de mim com toda a sua fúria e monstruosidade. Acredite, essa não é uma cena que irei esquecer fácil. Mas, lá estava eu, pronto para morrer para ajudar outros elfos.


A criatura tenta me acertar com a sua clava, porem o golpe pega na armadura arcana que se estilhaça e se recupera em instantes (a magia é mesmo fascinante não?). Em seguida me concentro para desferir outro míssil mágico, porém não consigo me concentrar e o poder se desfaz em minha mão. Acredite, é difícil se concentrar e gesticular enquanto você está em combate (estou trabalhando nisso). Em seguida a criatura me acerta com sua arma me ferindo. Senti o gosto de sangue na boca e foi que nesse momento vejo Mandrake e Krolm saindo do meio do mato, próximo a margem do Rio (esqueci de dizer anão também veio?).

O grupo compra a briga e entra no combate e nisso mais duas criaturas aparecem. Em seguida dois dos elfos caem durante o combate. Isso é mal pois se todos caírem, certamente seremos os alvos principais. Percebo que o bárbaro é acertado e ferido em combate. Ele aparenta estar cansado. Nunca vi ele assim antes, certamente pode ser um dos efeitos colaterais de sua selvageria. Já escutei casos assim antes e se ele de fato estiver cansado, teremos um problema. E foi pensando em como minimizar esse problema que eu resolvo conjurar uma magia da escola de necromancia e aplico no bárbaro a minha cura infernal. A partir de agora Krolm cheirava como um demônio e se recuperaria como tal (se ele não estivesse cansado, certamente poderia ser confundido com uma criatura abissal por conta de sua fúria?).

Mandrake sabe lutar. Eu observei que ele se posicionava de tal forma que ajudava o bárbaro a se defender. Ele já tinha feito isso antes, mas agora essa questão de posicionamento começou a fazer a diferença (esse feiticeiro é cheio de artimanhas). Comecei então a observar o seu comportamento e entender que o simples fato de você saber se comportar em um combate pode lhe ajudar e ajudar os seus companheiros. Com o tempo, conseguimos derrubar 3 bugbears, porem todos já estamos machucados e eis que do nada o bárbaro se enfurece. Algo que havia teoricamente quebrado nele volta a funcionar e ele entra naquele estado de fúria que sinceramente é fantástico (quando se é um aliado do selvagem é claro...).

Enquanto estávamos travando combate, percebo que os elfos estavam caindo um a um, restando apenas o arqueiro. Como o bárbaro tinha voltado ao seu estado normal (de fúria total), resolvo tentar ajudar o último Elfo vivo. Assim, me afasto um pouco e uso a minha magia mais básica que aprendi na escola arcana, “a mão do aprendiz” e ataco as criaturas que estão próximas a ele. Essa manobra consiste em arremessar uma arma em seu inimigo utilizando basicamente telecinesia (algo teoricamente simples, porém eficiente). Infelizmente eu erro todos os meus golpes e o último Elfo cai. Foi nesse momento que percebi que a situação havia ficado de fato complicada. A minha tentativa de ajudar o grupo foi em vão e eu estava esgotando. Não conseguia conjurar nenhuma magia e nem mesmo a mão do aprendiz. Uma situação de fato complicada.

O Bárbaro ainda em fúria consegue derrubar o quarto bugbear com a ajuda de Thorim e Mandrake. A situação havia ficado um pouco melhor (4 contra 2) se não fosse pelo fato de Krolm ter caído novamente em cansaço. E foi depois disso que as duas criaturas restantes derrubam o anão Thorim e também Krolm, restando ironicamente apenas eu e Mandrake no campo de batalha. Sim, os dois menos aptos a um combate corpo a corpo estavam diante das duas criaturas sedentas por sangue. Quando percebo, Mandrake dispara em fuga me deixando frente a frente com os bugbears. Naquele momento era tudo ou nada, resolvi heroicamente (ou burramente) lutar até o fim pois não ia abandonar os meus dois companheiros caídos (já disse que existe um lado leal em mim?).



E foi assim que eu cai em batalha. Recebi um duro golpe e a minha armadura arcana não conseguiu me proteger. Seria esse o fim? Certamente, mas apesar de não acreditar em planos divinos, estou começando a acreditar que os Deuses possuem um certo zelo com o nosso grupo...

Continua...

A visita do Ceifador

   Pois é, Bront morreu. Assim como na vida real, os personagens de rpg estão sucetiveis a morte. Quando se tem muito gold e conhecimento, a eles é permitido voltar a vida. No caso de Bront, a morte foi definitiva. 
    Quando se é novato no RPG é normal nos apegarmos aos nossos primeiros personagens. Eu mesmo senti muito quando meu primeiro personagem de rpg morreu em uma ação estupida do narrador. Mas, conforme vamos aprendendo a jogar passamos a tratar os personagens apenas como roupas, cascas para nosso divertimento e somente isso. Porém, mesmo tendo anos de experiencia com rpg, dessa vez foi a primeira vez desde que começamos a jogar D&D e pathfinder que eu fiz um personagem com "essência". Por essência eu caracterizo todas aquelas qualidades, defeitos e nuances de personalidade que eu tenho ou gostaria de ter. Foi um persona que eu vivi de fato. Por isso, fiquei chocado com a sua morte prematura. Bront pagou por um erro que eu, jogador, cometi. Um erro que me serviu de lição para futuras aventuras (inclusive com o sucessor um ranger chamado Vargas que eu fiz). 
  Em um impulso eu avancei contra um inimigo bem mais forte e não resisti aos ataques. Também me abriu os olhos para um erro no meru personagem: a CA muito baixa. Construi a ficha do Bront visando melhorar essa falha com o tempo, mas ignorei o fato de que a CA dele estava muito baixa, mais até do que os conjuradores arcanos do grupo. 

  Enfim, agora estou com um Ranger. Ainda vou ver como vou escrever as suas histórias, eu havia escolhido o formato de diário para o Bront. Ainda não decidi como Vargas quer contar a sua propria historia, alias nem se está interessado em fazer isso.