terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A grande batalha! Elfos x Bugbears

Elfos! x Bugbears (Parte 1)

Assim que conseguimos chegar a margem, escutamos barulho de luta. Tal barulho nos indicou aonde o combate estava acontecendo e foi assim que percebi que dois grupos lutavam ferozmente. Eram Bugbears e Elfos. Sim, Elfos amigo, e no atual contexto, quando existe um combate nesse nível em um lugar remoto desses, existem grandes chances de não ser coisa boa. Elfos muitas vezes, salvo exceções, possuem bons motivos para confrontar, orcs, goblins e desta vez, bugbears. E pensando nisso, e claro, confuso e molhado por conta da queda no rio gelado, que eu resolvi entrar na luta a favor de meus irmão de sangue. Sem dúvidas uma atitude um tanto quanto imprudente para quem se diz racional. Mas enfim, todos estamos suscetíveis as vicissitudes das emoções e foi baseado nisso, no calor e na emoção que me comportei de maneira inadequada e parti para o ataque sem muita estratégia, haja vista que meus companheiros não estavam prontos e muito menos avisados de minha ação.



Quando entrei no combate percebi que existia um pequeno grupo de elfos ainda de pé, lutando ferozmente contra as criaturas. Tudo aconteceu muito rápido, mas eu pude perceber uma elfa portando um belo par de adagas (sim, adagas, provavelmente uma batedora), um guerreiro portanto uma espada dupla (uma bela obra prima élfica), um guerreiro com uma espada e escudo e também um arqueiro um pouco mais recuado. Era um grupo teoricamente bem formado que sabia o que estava fazendo. Enfim, uma situação um tanto quanto inusitada para a atual situação.

Já conjurando a minha armadura arcana (uma das simples e poderosas opções da escola de conjuração) que sempre me acompanha nos perigos dos combates, investi na primeira criatura que vi na minha frente. Em seguida, escolhi utilizar outra magia clássica, porem agora da escola de evocação, misseis mágicos (coloquei no plural pois um dia conseguirei evocar mais um projétil). Eu sei que no atual momento de minha carreira arcana, tal magia não conseguiria derrubar um bugbear, porem, conseguiria chamar a atenção do mostro que estava atacando o grupo élfico e ajudar a aliviar a pressão em cima dos guerreiros (mais uma atitude que faltou de estratégia). Pois bem, eu consegui o que queria e chamei a atenção de uma das criaturas que resolveu investir contra mim. Em menos de um minuto eu já estava envolvido em todo o combate. A criatura que acertei com os mísseis veio para cima de mim com toda a sua fúria e monstruosidade. Acredite, essa não é uma cena que irei esquecer fácil. Mas, lá estava eu, pronto para morrer para ajudar outros elfos.


A criatura tenta me acertar com a sua clava, porem o golpe pega na armadura arcana que se estilhaça e se recupera em instantes (a magia é mesmo fascinante não?). Em seguida me concentro para desferir outro míssil mágico, porém não consigo me concentrar e o poder se desfaz em minha mão. Acredite, é difícil se concentrar e gesticular enquanto você está em combate (estou trabalhando nisso). Em seguida a criatura me acerta com sua arma me ferindo. Senti o gosto de sangue na boca e foi que nesse momento vejo Mandrake e Krolm saindo do meio do mato, próximo a margem do Rio (esqueci de dizer anão também veio?).

O grupo compra a briga e entra no combate e nisso mais duas criaturas aparecem. Em seguida dois dos elfos caem durante o combate. Isso é mal pois se todos caírem, certamente seremos os alvos principais. Percebo que o bárbaro é acertado e ferido em combate. Ele aparenta estar cansado. Nunca vi ele assim antes, certamente pode ser um dos efeitos colaterais de sua selvageria. Já escutei casos assim antes e se ele de fato estiver cansado, teremos um problema. E foi pensando em como minimizar esse problema que eu resolvo conjurar uma magia da escola de necromancia e aplico no bárbaro a minha cura infernal. A partir de agora Krolm cheirava como um demônio e se recuperaria como tal (se ele não estivesse cansado, certamente poderia ser confundido com uma criatura abissal por conta de sua fúria?).

Mandrake sabe lutar. Eu observei que ele se posicionava de tal forma que ajudava o bárbaro a se defender. Ele já tinha feito isso antes, mas agora essa questão de posicionamento começou a fazer a diferença (esse feiticeiro é cheio de artimanhas). Comecei então a observar o seu comportamento e entender que o simples fato de você saber se comportar em um combate pode lhe ajudar e ajudar os seus companheiros. Com o tempo, conseguimos derrubar 3 bugbears, porem todos já estamos machucados e eis que do nada o bárbaro se enfurece. Algo que havia teoricamente quebrado nele volta a funcionar e ele entra naquele estado de fúria que sinceramente é fantástico (quando se é um aliado do selvagem é claro...).

Enquanto estávamos travando combate, percebo que os elfos estavam caindo um a um, restando apenas o arqueiro. Como o bárbaro tinha voltado ao seu estado normal (de fúria total), resolvo tentar ajudar o último Elfo vivo. Assim, me afasto um pouco e uso a minha magia mais básica que aprendi na escola arcana, “a mão do aprendiz” e ataco as criaturas que estão próximas a ele. Essa manobra consiste em arremessar uma arma em seu inimigo utilizando basicamente telecinesia (algo teoricamente simples, porém eficiente). Infelizmente eu erro todos os meus golpes e o último Elfo cai. Foi nesse momento que percebi que a situação havia ficado de fato complicada. A minha tentativa de ajudar o grupo foi em vão e eu estava esgotando. Não conseguia conjurar nenhuma magia e nem mesmo a mão do aprendiz. Uma situação de fato complicada.

O Bárbaro ainda em fúria consegue derrubar o quarto bugbear com a ajuda de Thorim e Mandrake. A situação havia ficado um pouco melhor (4 contra 2) se não fosse pelo fato de Krolm ter caído novamente em cansaço. E foi depois disso que as duas criaturas restantes derrubam o anão Thorim e também Krolm, restando ironicamente apenas eu e Mandrake no campo de batalha. Sim, os dois menos aptos a um combate corpo a corpo estavam diante das duas criaturas sedentas por sangue. Quando percebo, Mandrake dispara em fuga me deixando frente a frente com os bugbears. Naquele momento era tudo ou nada, resolvi heroicamente (ou burramente) lutar até o fim pois não ia abandonar os meus dois companheiros caídos (já disse que existe um lado leal em mim?).



E foi assim que eu cai em batalha. Recebi um duro golpe e a minha armadura arcana não conseguiu me proteger. Seria esse o fim? Certamente, mas apesar de não acreditar em planos divinos, estou começando a acreditar que os Deuses possuem um certo zelo com o nosso grupo...

Continua...

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