Estou a três dias andando pelos Ermos. A poeira se ajunta sobre minhas botas, eu sinto um cansaço muito grande ao final da tarde. Avocada pesa em minhas costas, mas não mais do que minha necessidade de por um fim nessa injustiça. Há quatro dias atras encontrei o rastro desse demônio, atacou um acampamento de mercadores e seguiu pelos Ermos. Maldito! Acha que pode me fazer perder o seu rastro?
Hauser caminha pelos Ermos, cansado, com fome, a sua sede de justiça muitas vezes toma conta do seu bom senso. Em suas costas jaz sua besta de repetição Avocada, uma arma notoria entregue por seu reverendo. Avocada foi uma arma utilizada por outro caçador do templo da luz de Torm, mas agora pertence a Hauser. Em meio a seus devaneios, ele tropeça em algo que não esperava encontrar no meio dessa floresta desolada...
Malditos! Não pode ser... esse tempo todo eu achando que iria encontrar um demônio. Esse rastro... bandidos! Olho ao redor procuro o rastro, consigo enxergar tudo que houve ali a duas horas atrás. O que eu pensava ser um grande bipede era um orc, como fui tolo em pensar que perseguia um demônio. Ando um pouco mais vejo que ele foi emboscado, houve luta. Desvantagem para o orc, mas ele vence. Avanço alguns metros encontro a carcaça de um homem, vestes de couro batido, armado. Nenhum pertence de valor no corpo, olho ao redor e vejo que mais a frente a luta se extendeu. Um homem rapido de passadas largas tentando fugir do orc. Mais a frente a resposta, o homem jaz, seu corpo caido. Burro! Eu fui burro e descuidado!
Ao se virar Hauser da de cara com o orc, dentes cerrados uma rápida analise prediz o que vai virar desse combate. Sem medir esforços Hauser faz uma oração, pede os favores de Torm uma vez mais, saca Avocada que está pronta para cuspir no orc todo o seu veneno. Não há momento para hesitação, Hauser dispara a besta com tiros precisos e meticulosos. O orc urge e usa seu pesado machado pra cima do caçador. Ele tomba ao lado, o machado raspa o seu ombro, rasga sua roupa. Sem tempo a perder Hauser dispara novamente avocada. Um dos disparos entra pelo olho do orc, que em um ultimo suspiro tenta acertar sem sucesso Hauser.
Essa foi por pouco, quase fiquei sem meu braço. Olho ao redor e vejo um orc caido e dois bandidos, provavelmente estavam de tocaia. Agora, o que esse orc fazia no acampamento? Eu teria errado em algum ponto? Meu Deus Torm, onde foi que errei dessa vez.
Enquanto pensa sobre as trilhas que seguiu até ali, o dia finda. Hauser precisa de um lugar para dormir. Andando um pouco pela floresta congelada acha uma fenda na montanha, decide passar a noite ali. Com pouca dificuldade consegue arrastar os corpos dos orcs e dos homens, ele precisa de mais detalhes sobre o que aconteceu. Dedica um tempo a apagar os seus rastros e esconder dentro da fenda.
Olho os pertences dos tres mortos, nenhuma relação. Com certeza subestimaram o orc, um erro que eu quase cometi. Certamente são ladrões de baixa estirpe, podem estar em algum acampamento proximo daqui. Com certeza o rastro do demônio que eu seguia se confundiu com o desse orc. Mas... há algo de estranho nele. Não se parece com os orcs comuns que andam por essas bandas... e ele estava sozinho?
A noite é tranquila apesar de estar dormindo proximo de cadaveres, Hauser consegue recuperar suas forças. Em seus sonhos, ele ve demônios atormentando uma grande cidade, ele se ve ao lado de outras pessoas tentando impedir a horda demoniaca de avançar sobre o plano terreno. Ao seu lado, o poder do todo poderoso Torm afia seus sentidos, tornando ele uma máquina de combate contra as hordas infernais. Hauser acorda, a cabeça rodando... o cheiro começa a incomodar...
Devo estar próximo de Sundabar. Vou seguir viagem, enterrarei os corpos dos mortos e seguirei para minha igreja. A caçada chegou ao fim, preciso ir para minha igreja. Vai chegar o momento em que vou seguir para cidade grande... a verdadeira caçada começará em breve!
***
Hauser é um humano jovem, crescido em uma fazenda. Criado por pais agricultores, desde cedo teve uma fé muito grande na divindade Torm. Seu pai, no passado, era um guerreiro da fé, participou da inquisição local mas parou depois que a esposa engravidou. Vivia uma vida simples, mas pautada por ensinamentos e dogmas religiosos. Nesse ambiente, cresceu o jovem Hauser.
Na idade certa começou a ser treinado em combate e sobrevivência por seu pai, aprendeu a andar por florestas e pelos ermos. Sabe muito bem sobreviver com pouco, e aproveitar o que tem ao redor para sua sobrevivência. Desde jovem tem presságios que se revelam para ele em forma de sonhos, ou pesadelos em dias piores.
Atualmente trabalha para igreja local, próxima de Sundabar. Aprendeu a manifestar seus poderes divinos e segue na luta contra os males que aflingem o mundo. É um caçador nato, procura por monstros ou pessoas desaparecidas que procuram o auxilio da igreja. Tem o temperamento muito calmo, embora em combate seja muito estratégico não costuma fugir a luta. Tem muita afinidade por guerreiros da fé (clerigos e paladinos), carrega consigo seu diário e livros. Conhecimento é poder, e Hauser sabe usar isso a seu favor.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Ibraim o Salvador
Ibraim o usurpador, este é o nome
do mortal que queria ser um Deus...
Nascido em uma família pobre, Ibraim desde cedo era um mortal qualquer. Sua vida era simples, vagava com outros garotos tão pobres e vagabundos quanto ele pelas sarjetas de uma grande cidade próxima de Waterdeep.Ibraim era praticamente um órfão, sua mãe morreu ao dar a luz, seu pai era um bêbado que fora assassinado por conta de dívidas de jogos e bebidas, seu único parente era um tio, Vlasar, que cuidava do garoto apenas por cuidar.
Nascido em uma família pobre, Ibraim desde cedo era um mortal qualquer. Sua vida era simples, vagava com outros garotos tão pobres e vagabundos quanto ele pelas sarjetas de uma grande cidade próxima de Waterdeep.Ibraim era praticamente um órfão, sua mãe morreu ao dar a luz, seu pai era um bêbado que fora assassinado por conta de dívidas de jogos e bebidas, seu único parente era um tio, Vlasar, que cuidava do garoto apenas por cuidar.
O
jovem cresceu revoltado, um marginal, lutando pela sobrevivência. Aos 15 anos
de idade, seu tio recebeu uma visita de um homem misterioso, usando roupas
escuras e que nunca mostrava o rosto.
“A partir de hoje você vai
acompanhar esse senhor, ele é seu dono agora”, disse o tio de forma rude e áspera.
Ibraim não tinha como resistir, alguma coisa no ar mantinha sua atenção fixa ao
homem, que nada disse, apenas deixou um pequeno saco na mesa de Vlasar. Pelo
som que fez ao cair na mesa, uma quantidade generosa de moedas recheava aquele
saquinho.
Ibraim
fora vendido para Lucien Abrandt. Conforme ele passou a saber com o tempo,
Lucien era um clérigo e precisava de um intendente. Ibraim passou a seguir seu
mestre, aos poucos ia aprendendo sobre as praticas profanas e secretas do culto
de Lucien. Nada mais chocava Ibraim, os poucos seguidores que Lucien tinha
sabiam que o intendente era alguém especial, alguém que tinha um lugar
reservado nos planos do mestre Lucien.
Aos
18 anos de idade Ibraim foi iniciado na ordem, já não era mais um intendente,
era agora um clérigo. Sua divindade Bane. Ibraim seguiu seu antigo mestre,
conseguindo seguidores e fugindo da ira daqueles que serviam aos Deuses bons.
Em alguns anos Ibraim so conhecia a ira, matava, estuprava e conquistava os
povos que achava que tinha direito sobre eles, a justiça nunca os alcançava.
Aos
21 anos, Ibraim chegou a uma vila de pescadores. Estava com um grupo de mercenários,
nesse tempo já era um poderoso clérigo de Bane. Seu arco era rápido e certeiro,
sua foice não era misericordiosa. Fizeram um massacre na vila, os poucos homens
que podiam lutar morreram, as mulheres foram dominadas, as crianças poupadas,
seriam escravos da Irmandade negra que se formava sobre o jugo de Lucien.
Foi
nesse dia que Ibraim viu pela primeira vez Pérola, uma jovem, não tinha mais do
que 16 anos, totalmente indefesa e a mercê dos vilões. Os bandidos já separavam
quem iriam estuprar primeiro, quando Ibraim se levanta e aproxima da jovem. Ele jamais iria admitir para alguém, nem para
si mesmo, mas seu coração bateu mais
forte. Ibraim leva a jovem dali, para sua cabana pessoal. Muito assustada, ela
só observa enquanto o jovem se despia de sua armadura negra:
- Qual o seu nome menina? – diz Ibraim sem se
virar pra jovem, ao que houve em uma voz embargada:
- Meu nome é Pérola – diz a jovem
em um contido choro. Entretanto, embora assustada Pérola não se entregaria sem
luta. Ela vê uma adaga no criado mudo, pega a mesma e aproveitando o que ela
pensa ser uma distração de seu captor, enfia a adaga nas suas costas. Ibraim
sente a dor por entre suas costelas, se vira em um rápido e estrondoso murro.
Acerta Pérola na cara, que cai sobre a cama meio desacordada. Ela recobra a consciência
lentamente mas a ponto de presenciar Ibraim arrancando a adaga das costas e em
um aceno e palavras obscuras curar a ferida. Ele olha para adaga, volta a olhar
a jovem e diz:
- Valente, como um cão
encurralado. Mas essa noite, você querendo ou não, será minha. Tente resistir,
vai ser mais divertido assim.
O que se seguiu é inerrarravel.
Ibraim toma a jovem para si, que não resistiu mais. Em sua mente, fazia preces
pra os Deuses... Nenhum deles veio em seu auxilio.
Anos
se passam e Ibraim ganha fama, se torna um poderoso clérigo de Bane,
rivalizando somente com seu mestre. Ele toma Pérola como sua esposa, a contra
gosto da jovem, que engravida e tem um filho do seu infame marido. Ibraim derrota quem ele acredita que deve ser
dominado, faz pactos com criaturas de moral duvidosa, acumula fortuna e riquezas.
Passa a ser conhecido como Ibraim o Usurpador, entre as raças goblinoides é
chamado de Gulag (aquele sem remorso). Sua vida é completa, ele se torna um bastião
do Deus sombrio na terra, vaga por todos os lugares e é feliz assim. Mas,
Pérola vivia uma infeliz vida, sua única distração é cuidar do filho que,
inocente, não tem culpa dos pecados do pai. Mesmo assim, teme que um dia os
pecados do pai recaiam sobre o filho, pensa em se matar, mas não tem forças
suficientes para se matar e levar seu filho junto. Mas a justiça tarda, mas
nunca falha.
Um
dia, Ibraim já com seus 55 anos, estava
em um acampamento que julgava seguro. Sua esposa e seu filho estavam no
acampamento, Nathan seguia os passos do pai, a contragosto de Perola. O filho,
nessa idade, tinha 18 anos. O dia tinha
transcorrido normalmente, nenhum incidente, os homens estavam sob controle, os
escravos faziam suas atividades corriqueiras. A noite, Pérola se entregava aos
carinhos irrepreensíveis do marido infame. Ibraim adorava isso, a forma como possuía
sua esposa, a forma como controlava seus súditos. O mundo era dele, ninguém mais
poderia impedir sua ascensão. Ele se tornaria um Deus. TOLO!
Mal
sabia que aquela seria a ultima noite de amor com sua Perola. Um grupo de
paladinos seguia a caravana a dias, embora tivessem tomado cuidado para
caminhar pelos ermos, foram rastreados. Ninguém engana todo mundo para sempre,
o tempo todo.
O acampamento de Ibraim foi
atacado, um feroz combate aconteceu, a vantagem estava ao lado dos servos de
Tyr. Ibraim não teve chances, embora tenha lutado ferozmente, seu destino
estava traçado ali, ele seria capturado, vivo ou morto. Em um ultimo rompante,
Ibraim tenta escapar com sua família. Pérola tenta ficar para trás, puxa pelo
filho. Ibraim precisa fugir dali, mas não pode deixa para trás ela... Não, ele
não podia admitir que uma escrava valiosa ficasse para tras... A mãe do seu
filho... O amor de sua vida, não! Ele não poderia deixa-la para trás.
Enquanto
tentava decidir que passos tomar, Ibraim descuida, seu filho saca a espada e é
alvejado no peito. Pérola grita, Ibraim invoca a fúria do seu Deus maldito
enquanto sua esposa é trespassada por várias flechas. Tomado por fúria intensa,
Ibraim parte para cima do grupo. Vários caem ante sua fúria, mas sua derrota é
inevitável. Ibraim cai, seu corpo todo ferido, sua alma despedaçada.
- Você lutou bem Usurpador. Ou prefere ser chamado de Gulak? – Diz o paladino de Tyr .
Ibraim nada diz, a dor do seu corpo de nada é comparável a dor de sentir a perda de sua família. Ibraim está destroçado, apenas espera a morte. Ouve algumas pessoas falando perto dele, gritos. E então escuta, em seu ouvido:
-
Um dia você vai morrer monstro, seguir do Deus maligno. Mas não hoje, a um
plano maior reservado a você. Nós já fizemos o que tínhamos que fazer aqui.
Será deixado ali, naquela montanha. Seus poderes... Não te salvarão agora.
Ibraim é
arrastado para cima de um monte. A noite fria, os ventos cortam seu rosto, aos
poucos o silêncio toma conta do lugar. Ele sente muita dor, mas não tem forças
para usar seus poderes. Não sente um ímpeto de vingança, nada no mundo traria
Pérola e Nathan de volta. Ibraim sente uma força, uma energia muito grande e
abranda o vazio e sua alma, devagar, lentamente, vai vendo flashes de sua vida.
Desde o seu nascimento, ao momento que aceitou a fé em Bane. Muita coisa
passando por sua cabeça agora, o que ele ganhou seguindo Bane? Fama, fortuna?
Aquelas pessoas que mais amou na vida, morreram. O que ganhou sem ser mal? Aos
poucos ele sente a ligação com o Deus sombrio se desfazendo, e uma força muito
grande tentando tomar o lugar de volta. Em breves momentos ele sente muita dor,
dor em saber que agora está sozinho no mundo, dor em saber que sua vida toda
foi desperdiçada servindo a um deus que so trouxe sofrimento para si mesmo e as
pessoas ao seu redor.
Ele sente suas
forças voltarem caminha ao redor do precipício. Sente o vento gelado no rosto,
o corpo todo massacrado. Ibraim pensa ter visto uma luz, mas já delira demais
para saber alguma coisa ao certo. Ibraim se joga... o vento selvagem da queda
cortando seu corpo, suas feridas abertas sangrando mais e mais... a medida que
se aproxima do chão, ele ouve uma voz:
- É assim que
terminará a vida do grande Ibraim, o Usurpador? Covarde, sente dor, sente um
vazio e se joga assim aos braços da morte? O inferno o espera, mas... Há uma
chance de redenção. – Diz a voz ecoando em sua mente.
- Redenção? De
que adianta redenção se meu bem mais precioso eu não mais terei? – Diz Ibraim.
O tempo ao seu redor para, ele se vê pairando no ar.
- Esse é a
questão Ibraim. Você sempre viu tudo e todos ao seu redor como se fosse um bem.
Algo que você pudesse tomar e chamar de seu. Mas agora percebe que aquilo o
qual sempre tratou com desrespeito é o que mais lhe era valioso. Suas ações
chamaram a atenção, a balança agora está em equilíbrio. Mas, escute... Veja o
que clamou por anos por ajuda:
Ibraim escuta uma voz, ela lhe é familiar demais... é Pérola em oração. Sua oração é angustiada, muitas vezes ela clama por liberdade, em algumas ela clama por segurança, mas em todas elas pede para que uma força maior mude o coração de seu marido. Apesar de abusada e mal tratada ela sonhou várias vezes com seu marido como um homem bom, em seu coração ela tinha certeza de que alguma coisa de boa havia em sua alma. Mesmo as ofensas não eram suficientes para apagar essa certeza. Ibraim percebe o quanto a fé de sua esposa era forte. Ela sabia que morreria para que ele tivesse uma nova chance, ela sabia que Nathan precisava fugir do destino que estava sendo traçado para ele, mesmo que isso significasse sua morte.
Ibraim escuta uma voz, ela lhe é familiar demais... é Pérola em oração. Sua oração é angustiada, muitas vezes ela clama por liberdade, em algumas ela clama por segurança, mas em todas elas pede para que uma força maior mude o coração de seu marido. Apesar de abusada e mal tratada ela sonhou várias vezes com seu marido como um homem bom, em seu coração ela tinha certeza de que alguma coisa de boa havia em sua alma. Mesmo as ofensas não eram suficientes para apagar essa certeza. Ibraim percebe o quanto a fé de sua esposa era forte. Ela sabia que morreria para que ele tivesse uma nova chance, ela sabia que Nathan precisava fugir do destino que estava sendo traçado para ele, mesmo que isso significasse sua morte.
- PARE, por
que me tortura assim? De um fim a minha existência... Pare... Envie-me ao
inferno – Diz Ibraim... Se entregando totalmente a emoção.
- Um dia, mas
antes você terá uma nova chance. Faço contigo um pacto, sabendo que estará
salvando não somente sua alma, mas a de seu filho. Siga o caminho da retidão,
seus pecados serão pagos ainda nessa terra. Viva uma vida diferente da que
viveu, liberte os povos que você conquistou como Ibraim o usurpador. Faça isso
e terá de volta o seu amor, e seu filho será salvo. – Diz a voz.
- Eu poderei a
ter novamente? Eu poderei dizer para ela o quanto a amo? O quanto eu me
arrependo de um dia ter causado tanto sofrimento a ela? – diz Ibraim,
inquirindo a voz em sua mente.
- Sim. Porque
há um mal maior no mundo e sua divida ainda não foi paga. Aceite a fé siga o
seu coração agora renovado, e um dia terá ela de volta. Aceita a sua nova fé? –
diz a voz, uma explosão de energia positiva toma conta do redor. Ibraim se vê
flutuando.
- Aceito, eu
aceito! – Diz Ibraim.
- Muito bem,
que assim seja. – uma luz branca intensa toma conta.
Ibraim
acorda, está deitado sobre as pedras. Seu corpo desnudo, apenas usando uma
tanga simples. Sua armadura, não existe mais. Teria sido um sonho? Teria sido
apenas uma alucinação? Seja como for, Ibraim não se lembra de nada, apenas de
dois nomes: Pérola e Nathan. Seu corpo, antes velho e cansado, agora é jovem.
Seus poderes mudaram. Ibraim contempla o amanhecer, sem saber exatamente por
que ele se vira ao sol que nasce e diz: A partir de hoje, eu sou o Ibraim o
Salvador.
***
Depois de um
longo hiato resolvi voltar a escrever. Abandonei completamente o projeto Edora,
não senti firmeza na mesa de grupo onde eu inseri esse cenário. Se algum dia
voltar a mestrar, será em Forgotten.
Pensei
bastante em um conceito de personagem que fosse praticamente um santo, mas com
um passado obscuro. Já tinha tido essa ideia antes, mas resolvi desenvolver
esse conceito agora. Ibraim é um clérigo que segue Ilmater que o salvou de sua morte e deu uma nova chance.
Ibraim é perturbado, tem poucas
lembranças de quando era um clérigo de Bane. Seu corpo foi regenerado (de 55 para
18 anos) e ele voltou ao principio de quando era um intendente ( voltou do nível
18 ao 1). Tem uma atitude positiva, é
Leal e bom e tem visões, algumas vezes do passado e outras vezes do
futuro. O passado sempre o assombra de
uma forma ou de outra...
*Atualizado, como é em Forgotten coloquei ele como Clérigo de Ilmater.
*Atualizado, como é em Forgotten coloquei ele como Clérigo de Ilmater.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Religião e facções de Edora - Parte 2
Conselho do Caos
O
conselho do caos é uma organização que controla a jogatina e cassinos ao sul de
Asturia. É composto por 4 clérigos de Nambo e 4 clérigos de Markon. A cidade
sede do conselho do caos (Cidade Atlantica) sobrevive do dinheiro de
apostadores e do comercio local. Os membros do conselho controlam e regulamento
todos os aspectos comerciais da cidade, e pagam impostos ao governante local,
mais uma propina, para não serem importunados. Há dois templos na cidade, um
pra cada Deus, e é costume local uma vez por ano celebrar para as duas
entidades.
Lideres:
Clérigos de Nambo:
Khal Urbano, Melecia Urbano, Mark
Mark e Zumbizumbi.
Clérigos de Markon:
Maricia Urbano, Antonie Urbano,
Zothara e Mel.
(Khal, Maricia e Antonie são
irmãos, Melecia é esposa de Khal).
Raças: Familia Urbano humanos, Mark halfling, Zumbizumbi kitklin,
Mel e Zothara elfas (irmãs).
Os vazios
Os
vazios são o único culto conhecido ao deus Nada. Durante as Eras Negras eles
eram em maior numero e chegaram a dominar, durante 5 longos anos, a cidade de
Baskara. Sua influência na arquitetura da cidade é vista com desprezo, há as
ruinas de uma antiga estátua do Deus Nada nas montanhas ao sul da cidade.
Tentativas de destruir completamente a estatua foram descartadas devido ao alto
numero de acidentes de trabalhadores no local. Hoje, o torso da estatua resiste
ao tempo e é visto com vergonha pelos habitantes da maior cidade de Draegon.
Os vazios agem nas sombras,
adorando seu Deus e esperando o retorno dos seus dias de gloria. Muitos
acreditam que não existam mais, mas esporadicamente alguém tem o desprazer de
cruzar com algum membro desse culto ao Deus maligno.
Lider: Arougar
Raça: Drow
O parlamento das Gralhas
O
parlamento das gralhas é um conselho formado por vários druidas. Existem 3
druidas, os mais velhos do grupo, que são considerados o bastião dos Druidas em
sua região. Uma vez a cada ano, o parlamento é reunido em uma clareira em Giran.
Todos os druidas recebem o chamado. Se ocorrer algum evento muito grave, o
Parlamento pode ser convocado antes da reunião anual, mas somente se for
convocado por um dos três anciãos.
Lideres:
Mão de Barro Toro / Draengon
Raça: Humano
Tenemra Luz/ Giran
Raça: Elfo
Lobo espiritual Arman/ Asturia
Raça: Orc
Escola de Magia Branca
A
escola de magia branca surgiu da curiosidade e necessidade de recriar magias do
circulo divino em magias arcanas. O criador da escola de magia branca, Eric
Phoenix, estudou e aperfeiçoou magias que curasse e melhorassem o aspecto físico
dos seres vivos. Suas magias e praticas são disseminados pelos magos brancos.
Lider: Iconoclasta Elias Phoenix
Raça: Meio Elfo
Liga dos exploradores
A
liga dos exploradores é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão
cartografar todo os territórios de
Edora. Seus membros são conhecidos pelo espirito aventureiro e a disposição
para viagens longas, muitas vezes por territórios selvagens de Edora. Há duas
grandes sedes da Liga, uma em Draegon na cidade de Baskara e outra em Asturia,
na cidade de Ravenlor. O líder da guila é o Conde Marcus Asanegra. Os Asanegras
fundaram a guilda a mais de 100 anos atrás e embora tenham produzido mapas
muito confiáveis, há uma grande porção de território em que ainda não
conseguiram explorar. Para isso frequentemente contratam grupos errantes de
viajantes com a missão de catalogar as regiões por onde tem andado.
Lider: Marcus Asanegra
Raça: Humano
Os Peregrinos
Durante
as Eras Negras, o mundo de Edora entrou em colapso. Criaturas abissais andaram
no plano terreno, surgiram necromantes e feiticeiros que exploraram ao máximo o
uso da energia negativa, criando feitiços e subjugando as criaturas vivas.
Muitos mortos vivos surgiram nesse tempo, criados para formar um exercito que combatesse as tropas dos
viventes.
Ao fim da era, alguns mortos
vivos conseguiram se libertar dos grilhões que os acorrentavam aos seus criadores. Alguns necromantes brancos
viram nessas almas atormentadas criaturas em busca de redenção, uma cidade
inteira de mortos vivos então foi criada, surgiu assim Arthus. Uma falange de
paladinos foi enviada para a cidade, se queriam redenção eles a trariam, da
forma mais rápida o possível. Quando chegaram o que encontraram foi uma enorme cidade
vazia, decadente e podre como seus antigos residentes. Os peregrinos são
cidadãos dessa cidade que vagam por toda Edora. Eles não buscam riquezas, não
buscam aventuras, querem apenas um lugar seu para chamarem de lar, ou
redenção...
Lider: Nenhum
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Religião e facções de Edora - Parte 1
Saudações meu povo. Conforme prometido, segue um dos novos posts de hoje. Abaixo está um apanhado que eu fiz com algumas organizações e facções de Edora. Essa é a primeira parte, a segunda precisa de algumas amarrações:
A teia
Religião e facções de Edora
A religião em Edora é muito levada a sério
em boa parte dos territórios. Há movimentos de livres pensadores que tentam
convencer as pessoas a largarem a religião e abraçar a ciência. Porém, mesmo
essas pessoas, em seu intimo, podem (e negam) a presença marcante dos deuses.
Abaixo segue uma
descrição de como funcionam os templos e religiões em Edora.
Culto a Mãe Celestial
A Mãe
Celestial ou grande mãe como é chamada em alguns lugares é uma Deusa
benevolente. Está associada a clericos que seguem o domínio da cura, e é
patrona as pessoas que devotam a sua vida a ajudar ao próximo. Sua
representação é de uma grinalda branca, com arcos dourados ao redor.
Draegon:
Em Draegon
existe um grande templo da Mãe Celestial que fica na capital de Baskara. Ele é
mantido por doações de fieis mas o próprio Triunvirato financia suas
atividades. Os sacerdotes da Grande Mãe mantem uma legião de Clérigos e
Paladinos prontos para servir e proteger a cidade das legiões do mal.
A grande verdade é que ultimamente
Edora como um todo tem vivido uma época de tranquilidade, poucas são as
incursões do mal nas grandes cidades. Os paladinos da Mãe Celestial vagam em
peregrinação por toda Draenor, aplicando a justiça e a lei.
Asturia:
O Império
Astur é muito tolerante com a religião, sendo a o culto a Mãe Celestial a
religião oficial do Imperador Frei. Os paladinos da Mãe Celestial compõe boa
parte da guarda real, porém o exercito é composto em sua maioria por paladinos,
clérigos e guerreiros de Astor.
Cavaleiros do machado dourado
Os cavaleiros
do machado dourado são paladinos que seguem o Deus Astor. É composto em sua
maioria por paladinos, mas tem em suas fileiras também o apoio orientação de
clérigos de Astor e sacerdotes. Os cavaleiros do machado dourado seguem uma
disciplina muito rígida, um iniciado tem que se provar digno de entrar para ordem
e uma vez que entra, dificilmente abandonam o serviço. Os paladinos de Astor
mantem um pequeno destacamento em Draegon, ao sul do continente. Sua presença
nas demais regiões de Draegor é muito rara, embora o Triunvirato não mantenha
qualquer tipo de restrição a cultos ou organizações religiosas que não sejam do
próprio continente.
O chamado do trovão
O chamado do
trovão é uma guilda de paladinos de Draen. Eles são os maiores e mais presentes
paladinos de Draegon. Possuem um quartel em Baskara mas a sua presença é
sentida em todo o continente. Tem uma rixa com os paladinos de Astor, mas em
tempos atuais mantem um pacto mutuo de não agressão. Seguem métodos distintos
mas entendem que no fim, ambas as organizações tem o mesmo proposito. O chamado
do trovão aceita qualquer pessoa que demonstre uma fé absoluta, apesar da sua
capacidade física, no deus Draen. Todo iniciado, ao final do seu período de
treinamento, parte para uma peregrinação onde tem que atender ao chamado do
Deus Draen por toda região.
Irmandade Sombria
A Irmandade Sombria
é a mais sigilosa e secreta seita de Edora. Sua própria existência é
considerada um mito em varias partes, e os assassinos da Irmandade Sombria,
dizem, já foram vistos tanto em Draegor quanto em Asturia. A seita cultua a
deusa Mãe Noite. A morte vira para todos, um dia, mais cedo ou mais tarde. A
seita é usada como um bastião de justiça para aqueles que sofreram alguma
desgraça, ou injustiça. Há um ritual para qualquer pessoa contatar a Mãe Noite.
Uma noite após o ritual estar pronto, um irmão sombrio aparecerá e a ele poderá
ser encomendado um assassinato. Uma vez contratado não há como desfazer o
pedido.
“Muito cuidado
ó criança da noite, respire meu ar soturno, reze por mim
Muito cuidado
ó criança da noite, olhe para todos os lados, reze por mim
Muito cuidado,
pequeno... a Mãe Noite observa você...”
Em algumas regiões ermas, essa
inscrição é encontrada entalhada em algumas arvores. Em noites de lua cheia,
onde tem essa inscrição ela é vista brilhando ao luar...
Festim de sangue
O
festim de sangue é uma quadrilha criminosa que age em todos os territórios. O
quartel secreto dessa quadrilha é desconhecido das autoridades mas sabe-se que
sua influencia no submundo do crime tem aumentado consideravelmente. Os membros
dessa quadrilha carregam consigo uma insígnia, já foi detectado que há magia
nessa insígnia mas a sua verdadeira natureza ainda não foi detectada.
Acredita-se que essa insígnia sirva para os membros se reconhecerem mutuamente,
ou como uma chave para o covil da quadrilha. Em linhas gerais, essa pode ser
considerada a mais mortal organização criminosa de toda Edora.
A teia
A
teia é um culto a deusa menor Maracna. A maior parte de seus integrantes são
Aracnae, contudo o culto não discrimina qualquer raça que queria se juntar em
adoração a sua deusa. A teia tem vários agentes infiltrados nas diversas
camadas da sociedade, os quais se denominam agentes adormecidos. Um agente
adormecido vive e age normalmente em segredo até que recebe o chamado. Ele pode
participar de missões simples, como simplesmente garantir o esconderijo para um
aliado, como missões mais arriscadas como se infriltrar em uma corte ou
assassinar um conde. Os membros da Teia tem influencia se encontram em todos os
territórios, é uma organização muito metódica e as autoridades sabem da sua
existência.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
As raças de Edora
Bom, segue um apanhado sobre algumas raças de Edora. Todas as raças jogaveis de pathfinder estão presentes em Edora, porém algumas tem maior destaque. Abaixo estão as raças jogáveis, as demais se tiver alguma particulariedade eu vou acrescentando aqui.
Raças incomuns
***
Edora é um planeta muito vasto
com uma variedade muito grande de criaturas. As grandes sociedades nos
continentes de Edora são governadas por diversas raças.
Raças comuns
Humanos:
Presentes em
todos os continentes de Edora, sua presença é maior em Asturia. O grande rei
que governa o continente é um humano, mas há cidades governadas por elfos e
anões. Ambos os governos se submetem ao Grande Rei. Os humanos de Asturia tem
uma aparência diferente dos humanos em Draegon. Em Asturia os homens são de
estatura alta, pele clara e na parte norte estão mais acostumados ao frio,
enquanto que ao sul a região é mais temperada.
Em Draegon os humanos tem o tom
de pele um pouco mais escura, o clima em boa parte do continente é tropical e
as pessoas são mais acostumadas ao clima quente.
Elfos:
Os elfos de
Edora estão entre as raças mais antigas do planeta. Estão presentes em todos os
continentes, entretanto há uma rixa milenar entre os elfos de Draegon e
Asturia. Há muitos anos atrás, antes dos Eras Negras, o povo élfico era
considerado um só. Alheios as politicas e divisões das demais raças, mantinham
seus reinos em Draegon e Asturia como se fossem um só. Houve, em determinada época,
uma disputa entre os regentes de Asturia e Draegon. Enquanto os elfos no leste
queriam seguir com suas tradições e religiosas, e manter a cultura e os
costumes milenares, os elfos dos reinos do Oeste queriam aperfeiçoar e mudar o
seu modo de vida. Abraçaram o arcano com mais afinco que a divindade, em
consequência disso o que antes era considerado um povo só acabou em uma guerra
civil, culminando com a total ruptura dos reinos do Leste e Oeste.
Ao Leste permaneceram os elfos
tradicionalistas, liderados por Althor. No oeste, os elfos que abraçaram a
modernidade e os estudos arcanos liderados por Aliana.
Fisicamente, os elfos são
indistintos exceto pela cor dos olhos, os elfos do Oeste tem olhos em tons
esverdeados enquanto que os elfos do leste têm tons azuis na cor dos olhos.
Anões:
Os anões de
Edora são um povo prospero e trabalhador. Costuma dizer que a grande Mãe
Celestial os moldou das rochas do grande Loghron, um vulcão inativo de Giran.
Os anões estão presentes em todos os territórios, mas sua força politica é
maior em Asturia. Eles são os lordes regentes das montanhas e tem um reino
prospero, onde mineram boa parte das minas produtivas de Asturia. Em Draegon,
um grande rei anão faz parte do Triunvirato, seu nome é Marthan. Eles têm boas
relações com os humanos, mas mantém certo receio dos elfos tradicionalistas do
leste.
Gnomos:
Os gnomos são em sua maior parte habitantes de
Asturia. Trabalham para o grande rei e são os artífices e engenheiros do grande
oeste. Durante as Eras Negras muitos povos que estavam vulneráveis quase
experimentaram a extinção. Os gnomos tinham cidades prospera em Asturia, uma
delas, foi totalmente destruída. Seu povo, sem ter para onde ir, foi acolhido pelos
Humanos em Asturia. Hoje, em maior numero, os gnomos fazem parte da
Fraternidade Real. Sua presença em Draegon é muito pequena, possuem um pequeno
acampamento de estudos e ponto estratégico de movimentação ao sul de Draegon.
Goblins:
Outrora uma
raça primitiva, os goblins cresceram e desenvolveram forçados pela sua
capacidade de sobrevivência. Tiveram grandes conflitos com os elfos, e foram
durante muito tempo escravizado por Orcs de Draegon. Durante as Eras Negras
fugiram de seu cativeiro e se estabeleceram, em sua grande maioria, na ilha da
bruma. Lá, em contato com um grupo de humanos, começaram a base da sua
tecnologia.
Nos tempos atuais os goblins são
as espinha dorsal da tecnologia em Draegon. Há certa disputa entre eles e os
gnomos para determinar quem oferece a tecnologia mais segura e eficiente, mas
em termos práticos a tecnologia de ambos está em um mesmo nível.
Meio orc:
As raças
mestiças são praticamente uma raridade em Edora. Embora existam poucas tribos
de orcs civilizadas, ainda há uma grande turba selvagem que dificilmente se
misturaria, de bom grado, com humanos. Alguns meio orcs são frutos de uma violência
sexual, e estes são muitas vezes contratados como soldados. Em Asturia, as maiores partes dos meio orcs
estão no exercito. Já em Draegon sua presença é mais bem tolerada, e há muitos
que vivem livres a sua própria vontade.
Meio elfo:
Os meio elfos são mais presentes em Asturia, a
sociedade élfica do oeste se sente bem à vontade para cultivar relacionamentos
entre humanos. Os meio elfos que nascem em Asturia sentem uma afinidade natural
para lidar com o arcano, que é bem difundido em seu povo. Já em Draegon, seus números
são bem reduzidos, mas são tolerados tanto entre humanos quanto entre elfos.
Halflings:
Os pequenos
estão presentes em todos os territórios, mas é em Giran que eles são mais bem
estabelecidos. Há uma grande guilda de mercadores em Giran e um bom numero de
aventureiros e mercadores tanto em Asturia quanto em Draegon.
Raças incomuns
Orcs:
Nem todo orc
de Edora é um selvagem homicida. Existem, em pequenos números, aldeias e tribos
orcs os quais cultivam uma cultura primitiva, mas civilizada. Em Asturia,
durante as Eras Negras, surgiu uma grande aldeia orc que combateu e defendeu
seu território contra as legiões abissais. Hoje, apenas um pálido reflexo do
passado, essa aldeia existe, mas vive em total isolamento do restante da
Fraternidade Real. Há poucos grupos de orc mercenários e escravagistas, estes
são combatidos com muito ardor pela Fraternidade Real.
Em Draegon, existem grupos de
orcs que se dedicam ao xamanismo, mas há um grande numero de orcs que vivem de
saques e conquistas. Os elfos ao sul vivem em total defesa de seu território,
constantemente caçando esses grupos errantes de orcs.
Aracnae:
Raça antiga e
primitiva, dizem que criadas pelo próprio deus das sombras O Nada, quando este
copulou com sua consorte Maracna. Essa raça é uma mistura incomum de características
humanoides com aracnídeos. Seu torso é semelhante a um torso humano, porém
abaixo do abdome e as pernas é como se fosse uma aranha. Não tem braços no
torso “humano”, mas as patas de aranha são todas bem articuladas e tem mãos. O
rosto é, em sua grande maioria, muito belo, tanto os aracnae masculinos quanto
os femininos. Essa raça está dispersa
por toda Edora, mas seus números são incertos. Há quem diga que eles habitam as
grandes cavernas de Asturia. E há quem acredite que existam cidades escondidas
em meio às florestas densas de Draegon.
De fato, sua presença é sentida e
já foram avistados, mais de uma vez, por ambos os povos dos continentes.
Kitlins:
Os Kitlins são
uma raça de pequeninos que vivem nas planícies de Asturia. Defensores ferrenhos
de seu território demoraram a perceber que a cooperação mutua era a chave para sobrevivência.
Hoje fazem parte da Fraternidade Real, e desenvolvem sua tecnologia com a ajuda
de gnomos. Não se dão muito bem com
halflings, há certa rixa entre os dois povos. Ninguém sabe como começou, mas nenhum
dos dois povos quer terminar a disputa.
***
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Nasce um novo mundo: EDORA
Bom dia.
Estou na fila para ser o proximo mestre de campanha do meu grupo de RPG. Tive a oportunidade de mestrar, durante um pouco tempo, em D&D 3.5. Confesso que boiei e muito nas regras, eu era muito novato ainda no sistema para mestrar.
Porém... a cada dia aprendo coisas novas no sistema e me sinto mais apto a mestrar uma campanha. Quero muito colocar em prática um cenário próprio e comecei a rabiscar algumas linhas. Segue um resumo, um apanhado geral no qual descrevo vagamente o que pretendo que seja o mundo que eu criei, chamado de Edora.
Fiz uma descrição bem superficial dos deuses, tecnologia e territorios. Eu quis criar um mundo com um formato totalmente diferente do que estamos acostumados, dois grandes continentes e um menor, medio ao meio. Veremos no que vai dar....
*Estou fazendo alguns ajustes ainda no cenário, como isso é uma prévia pode ser que hajam diferenças no texto, esta é a segunda revisão do texto, mudei o nome do continente de Draegor para Draegon. Mudança pequena mas para evitar comparações com a Draenor de world of warcraft...
** Alterado, ao inves de "Fraternidade Real" a facção que controla Asturia é o Imperio Astur.
Segue:
Estou na fila para ser o proximo mestre de campanha do meu grupo de RPG. Tive a oportunidade de mestrar, durante um pouco tempo, em D&D 3.5. Confesso que boiei e muito nas regras, eu era muito novato ainda no sistema para mestrar.
Porém... a cada dia aprendo coisas novas no sistema e me sinto mais apto a mestrar uma campanha. Quero muito colocar em prática um cenário próprio e comecei a rabiscar algumas linhas. Segue um resumo, um apanhado geral no qual descrevo vagamente o que pretendo que seja o mundo que eu criei, chamado de Edora.
Fiz uma descrição bem superficial dos deuses, tecnologia e territorios. Eu quis criar um mundo com um formato totalmente diferente do que estamos acostumados, dois grandes continentes e um menor, medio ao meio. Veremos no que vai dar....
*Estou fazendo alguns ajustes ainda no cenário, como isso é uma prévia pode ser que hajam diferenças no texto, esta é a segunda revisão do texto, mudei o nome do continente de Draegor para Draegon. Mudança pequena mas para evitar comparações com a Draenor de world of warcraft...
** Alterado, ao inves de "Fraternidade Real" a facção que controla Asturia é o Imperio Astur.
Segue:
O começo era trevas, e nas trevas
surgiram três luzes. E assim que que todos os clérigos de Edora se referem a
criação de seu mundo.
Edora
é um grande planeta, dividido entre 3 grandes massas de terras. O continente do
leste é chamado de Draegon. O menor continente, considerado o centro do mundo é
chamado de Giran e o continente do oeste chamado de Asturia. Alguns povos
acreditam que cada continente representa uma divindade maior, de mesmo nome.
Irmãos que nos primórdios dos tempos se separaram.
Draegon:
Também chamado
em Asturia de o continente primitivo. Draegon é composto em sua maioria por
reinos, cada qual com suas divisões e territórios. A maior cidade, considerada
a capital continental de Draegon é Baskara. O continente vive sobre um
triunvirato, reinado por três reis de antigos reinados (um rei humano, um elfo
e uma rainha anã) que antes estavam em guerra e se uniram sobre uma grande
bandeira. Eles formaram a Grande Irmandade, uma aliança entre todos os reinos
que comandam e defendem todo o continente. A influência da Grande Irmandade é
total, todas as cidades civilizadas respondem a Irmandade.
Draegon
é conhecida como o reino primitivo, pois é lar de criaturas selvagens, velhas tribos que
resistem a civilização que a Grande Irmandade tenta impor em todo o continente.
Há um reino que faz parte do triunvirato que defende a liberdade dos chamados
povos primitivos, respeitando a sua escolha a liberdade. Isso é tema de
diversos debates, mas o acordo mutuo até o momento é de respeito e isolamento
das tribos primitivas. Há vastas regiões
selvagens que fogem do controle e da vigia da Irmandade, mas tais regiões são
de conhecimento das cidades civilizadas. Nessas regiões, cultos de deuses
profanos, conjuradores insanos e seres abissais ficam a espreita a procura de
incautos. Andar por regiões selvagens é andar ao lado do perigo.
Asturia:
Asturia
é um continente que se gaba de ser uma região civilizada. Entretanto, Asturia
está imersa em uma grande teia de intrigas e assassinatos reais. Ela é dividida
em três grandes blocos, todos comandados por uma única facção que se intitula a
Império Astur . Foi o lar de grandes e nobres reis no passado, mas atualmente
carece de uma liderança concisa. As regiões selvagens de Asturia são lares de
criaturas antigas e poderosas, cujas quais já desafiaram no passado os chamados
povos modernos. Atualmente, a Império Astur está sobre a liderança do Imperador
Frei, abaixo dele há outros regentes de cidades e territórios, mas todos
obedecem apenas o comando do grande Imperador.
Em Asturia, as regiões selvagens
são ainda mais perigosas do que em Draegon, há a presença de tribos primitivas,
mas as mesmas são cada vez mais raras nos dias modernos.
Giran:
Giran é o menor e mais organizado
território de Edora. Giran é considerado um território neutro, e sua maior
cidade é chamada de Liefen.
Em Liefen, tantos Draegoanos
quanto Asturianos são bem vindos e o território é totalmente neutro, o que
significa que nenhum tipo de conflito militar é tolerado.
O conhecimento floresce em Giran,
a cultura é rica e a tolerância é absoluta. Entretanto, por ser um território
pequeno, a densidade demográfica cada vez frequente fez com que o grande Concilio
entidade que rege as leis e comanda Giran, decretasse um rigoroso controle de
ida e vinda. Geralmente mercadores tem o acesso liberado ao continente, mas
viajantes ficam somente pequenos períodos de tempo no em Giran.
Em Giran, existem grandes escolas
mágicas, e grandes templos religiosos...
Tecnologia:
A tecnologia existe em Edora, mas
ainda é muito rudimentar. As armas de fogo ainda estão sendo aperfeiçoadas e
não são bem vistas entre os cavaleiros nobres. Há dois expoentes de
tecnológicos em Edora: tecnologia Goblina e Gnômica.
Tecnologia goblinica: desenvolvida
por Goblins engenheiros, presentes em Draegon e um pequeno cartel de
engenheiros em Asturia.
Tecnologia Gnômica: presentes em
sua maioria em Asturia, os gnomos tem um pequeno acampamento em Draegon. Tem
uma guilda de desenvolvimento tecnológico em Giran, mas o seu acesso é
extremamente limitado.
Religião:
VELHOS DEUSES
A religião em Edora é politeísta.
Em todos os reinos, desde a antiguidade, os povos veneram os velhos deuses: O
Tribunal Vivo, A mãe celestial, O Nada, Astor (de Asturia), Deusa Gilren (de
Giran) e Draen (de Draegon). Em uma
visão simplista acredita que o Tribunal Vivo seja o pai, e a mãe celestial a
progenitora dos filhos Astor, Gilren e Draen. O nada é o vazio, a decadência, o
silêncio... Uma antítese a tudo que representa a Mãe Celestial e até mesmo a
neutralidade o Tribunal vivo é O Nada.
O Deus maior
chamado de Tribunal Vivo é um grande ser, armadurado, com três faces. Alguns religiosos acreditam que o Tribunal
Vivo rege as leis do universo e é ele quem escolheu aqueles que ascenderam como
deuses menores. Não se sabe ao certo se isso é verdade, mas as pessoas, de uma
forma geral em Edora, acreditam na força do Tribunal Vivo. A mãe celestial
representa toda a benevolência. Ela é considerada a criadora de todos os seres
viventes de Edora. E vista com grande carinho, até mesmo pelas tribos mais
simples e selvagens.
O Nada é o
vazio, a escuridão, o silencio eterno. Dizem que antes da luz já havia o Nada,
quieto, vazio, tranquilo... Até que surgiu o principio. Com ele, e com A mãe
celestial e a neutralidade absoluta do Tribunal Vivo, Nada se despertou. Nada
foi contra a vida, a criação de Edora e dos seres vivos. Nada é o ódio perante
o progresso, é a estagnação eterna. Os únicos seres que abertamente adoram e
veneram O Nada são os aracnaes, raça de seres inteligentes semelhantes a
aranhas os quais tem como deuses Maracna e Nada.
****
O
sentimento religioso é algo muito forte em Edora, embora existam pessoas e
sociedades de uma forma geral que não acreditem ou não sigam nenhum tipo de
religião. Mesmo aqueles que escolhem focar em uma vida mais material sentem, em
seu intimo, uma presença a qual ignoram com muito ardor.
NOVOS DEUSES
Com o tempo surgiram outras
divindades, os chamados novos deuses. Segue suas descrições abaixo:
Alenara: Deusa da magia. Segundo os elfos e os humanos, Alenara foi
o primeiro ser vivente de Edora a ter contato com o arcano. Alguns dizem que é
filha de Gilren, que criou sua prole para disseminar o conhecimento mágico por
toda a criação. Alenara é uma deusa misericordiosa, aldeões, principalmente de Draegon,
rezam por ela pedindo proteção. Guildas mágicas religiosas a reverenciam.
Algor: deus associado à guerra. Era um poderoso guerreiro Asturiano
que ganhou inúmeras batalhas contra Draegon. Algor foi amaldiçoado por um
feiticeiro Draegoano, e ascendeu ao panteão quando se sacrificou para salvar o
seu exercito. Apesar da sua natureza violenta, é considerado um Deus justo.
Nesmodan: deus associado à espiritualidade. Nesmodan foi um
poderoso feiticeiro que ascendeu ao panteão ao proteger Draegon de uma invasão
de extraplanares do reino inferior. Seu irmão, Gorh foi um necromante que teve
contato com os planos inferiores e invocou os seres para a idade. Nesmodan
derrotou a legião infernal, e ascendeu ao panteão. Porem, seu irmão Gorh também
virou uma divindade... uma divindade
maligna.
Gorh: deus ligado a energias negativas, necromancia. Irmão mais
novo de Nesmodan, desceu para o submundo e invocou as legiões malignas. Movido
pela cobiça, queria dominar as minas de mithrill e prata de Draegon. Foi
derrotado por seu irmão, mas ascendeu ao panteão representando a malignidade em
Edora. Há cultos secretos para essa divindade.
Nila: deusa da natureza. Nila é a grande deus da natureza,
representa as vicissitudes da natureza em Edora, muito cultuada entre os
druidas, de todos os continentes. E benevolente para com os amantes e
protetores da natureza selvagem. E muito cultuada por tribos primitivas de Draegon
e Asturia.
Mãe noite: Deusa ligada a morte, assassinatos. A mãe noite é a
silenciosa protetora da noite, das crianças da noite. AS vezes atuando como
protetora, as vezes como algoz, de fato ninguém sabe ao certo quais as
motivações da Mãe noite. Há cultos a mãe noite, e sociedades de criaturas da
noite que a cultuam em segredo.
Nambo: Deus da fortuna. Nambo era um grande mercador, joalheiro e
mercador. Em tempos antigos ele vagava pelos continentes vendendo suas
mercadorias. Era uma pessoa benevolente e ascendeu ao panteão.
Abizalon: Deus associado a maldade, negatividade. Abizalon é um
deus que provem dos mares negros, dizem que é um ser das profundezas que
declarou guerra contra os povos da superfície e ascendeu ao panteão ao morrer.
Se há cultos a essa divindade, são obscuros demais para conhecimento geral.
Markon: Deus da mentira. Markon era um ladrão muito habilidoso que,
segundo as lendas, conseguiu enganar um poderoso dragão de Asturia. Se enrolou
tanto em mentiras que acabou pego pelo Dragão. Usando toda sua lábia conseguiu
mais uma vez enganar o dragão e em um sacrifício para proteger uma vila acabou
ascendendo ao panteão. Markon é um deus caótico, mas frequentemente associado a
coisas boas.
Senhor das moscas: Esse deus é conhecido e cultuado por culturas
primitivas goblinoides. Pouco sabe-se a origem do senhor das moscas mas sua
influência é sentida e notada em altares em regiões ermas. Alguém de uma
sociedade civilizada cultuar o senhor das moscas é visto com mau augúrio.
Nepheliss: deus do submundo. Nepheliss foi um grande bruxo que, não
contente com os poderes que recebeu de entidades demoníacas decidiu que deveria
dominar todos os continentes. Ele fez um pacto com o deus Gorh, em busca de aumentar a sua própria
influencia. Porém, Gorh o traiu e em uma investida de alguns campeões Nepheliss
foi subjugado. Por seus crimes, ele foi condenado a morte por decapitação. Seus
restos mortais foram queimados e sua cabeça foi petrificada para servir de
exemplo. Porém, 10 anos após a sua morte o mausoléu onde estava guardado a sua
cabeça foi violado. A mesma sumiu, e começaram a surgir boatos sobre as
atividades de um ser sombrio direcionando as forças de grupos selvagens tanto
contra Asturia quanto em Draegon. Um grande embate foi feito e a identidade da
entidade foi revelada. Era Nepheliss que voltou do além e ascendeu a divindade.
Ele agora estava governando o submundo e estava em pé de guerra contra Gorh.
Houveram várias manifestações em toda Edora do embate dos dois deuses malignos,
no que foi conhecido como as eras negras. Ao fim desse período, Nepheliss ficou como o Deus do submundo, um
eterno rival de Gorh.
Maracna: Rainha da escuridão. Dizem que o único ser que o Deus
maior O Nada já nutriu algum sentimento, foi por Maracna. Ela era uma aracnae
atroz, filha de uma enorme ninhada. Assim que eclodiu, Maracna sentiu um enorme
vazio, uma descrença totalmente contraria do que seus irmãos sentiram ao
eclodir dos ovos. Maracna queria paz e vazio, e queria isso com tanto afinco
que despertou o interesse de Nada. Nada infundio Maracna com seu poder, deu-lhe
consciência e acompanhou enquanto ela crescia. Usou-a e suas crias para seus
próprios propósitos e quando ela morreu ascendeu ao patamar de divindade. Há
relatos de cultos a grande Deusa Aranha em cidades civilizadas de Draegon, mas
nada até o momento confirmado.
Resumo de tendências divinas:
Deuses bons:
Mãe Celestial: deusa maior
(leal/Bom)
Draen: deus maior (leal/bom)
Gilren deusa maior (tendencia
leal/boa)
Alenara: Deusa menor (leal/boa)
Nesmodan: deus menor (leal bom)
Deuses neutros:
Tribunal Vivo: deus maior
(neutro/neutro)
Astor: deus maior (leal/neutro)
Algor: deus menor (leal/neutro)
Nila: Deusa da natureza
(neutro/neutro)
Mãe noite: deusa da morte
(neutra/neutra)
Nambo: deus da fortuna
(caotico/neutro)
Markon: deus da mentira
(caotico/bom)
Deuses malignos:
O Nada: Deus maior (caótico/mal)
Maracna: Deusa menor (caótica/má)
Gorh: deus menor (leal/mal)
Abizalon: deus menor (caótico/mal)
Senhor das moscas: deus menor
(neutro/mal)
Nepheliss: deus menor (leal/mal)
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Uma cova rasa em um chão frio
Já faz um bom tempo que Onias não anda pela tundra, passou
uma semana no vilarejo se recuperando da ultima caçada. As pessoas zombaram
dele, apenas seu amigo Abatoz depositou um pouco de confiança em sua história,
mas nem mesmo ele acredita que possa haver no mundo um Orc que seja digno de
confiança.
Dois dias andando pelas trilhas geladas, ele encontra
rastros. Não parecem rastros típicos, um grupo maior, provavelmente de
adultos. Onias caminha por entre os ermos, ele tenta ignorar
mas a trilha leva até uma caverna, chegando a caverna ele encontra uma cova
rasa. Onias nunca foi adepto de mexer com os mortos, mas a forma como foi feita
a cova indica pressa, mas ao mesmo tempo cuidado para com o falecido. Onias
afasta a terra e encontra, nas roupas do morto dois diários, um grande e maior,
e outro menor e com mais paginas em branco. O ranger observa o morto, ele
parece ter sido atacado por um animal grande e forte. Duas feridas grandes, uma
no peito e outra sobre o abdome.
Onias cava uma cova maior, enrola o corpo em uma manta e enterra,
apropriadamente. Olhando o diário, ele pertencia a Bront, um monge do templo
das Rosas Amarelas. O ranger coloca uma rocha, sobre o tumulo e talha, de forma
rude, na pedra a inscrição: Aqui jaz Bront.
O ranger permanece ali, não faz ideia das condições que levaram um monge a
atacar um urso, com as próprias mãos. Vasculhando em seu diário ele vê, nas
ultimas passagens, que Bront e o grupo se encontravam em dificuldade, passavam
fome. Uma ultima despedida para um desconhecido, é tarde, o ranger
precisa voltar para sua vila...
Leva consigo os dois diários, um gosto amargo na boca e um
calafrio pela espinha... este vai ser um longo inverno...
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Rompendo laços familiares: um conto orc.
Todo mundo vai
morrer um dia, isso é fato. A questão é: o que fazer até o dia final chegar? Eu
escolhi viver minha vida em fúria, mas... Eu direciono minha fúria para aqueles
que merecem ela. Minha vida não é fácil. Nunca foi se fosse para ser eu
nasceria um elfo... ou um humano. Eu não sou nada disso, eu sou Othan, um orc.
A
vida de um Orc não é fácil. Somos guerreiros, selvagens nascemos para dominar
os mais fracos, e respeitar os mais fortes. Desde pequenos aprendemos a lutar,
pela sobrevivência, subjugando os mais fracos e reverenciando os mais fortes.
Isso é ser um orc. Qualquer um que nasça pensando diferente disso, bom, não
vive muito para convencer os demais. Foi isso o que aconteceu com minha
“família”. Eu sou Othan Borknagar, filho de Zothar e Mizara. Nasci em um
inverno rigoroso, filho de um orc que quebrou cabeças de dentes suficientes
para se tornar um líder tribal. Nossa vila ficava as margens de uma lagoa. Tribo
pequena, mas organizada. Não éramos coletores, nem escravagistas, nos
pescávamos e caçávamos nossa própria comida. Depois de muitas batalhas, meu pai
estava cansado de lutar. Fundou nossa vila em uma região remota o suficiente
para nenhum ser vivente, a não ser um orc, querer se arriscar por essas bandas.
Era um verão quando tivemos noticia de meu tio, Orkram.
Meu
tio era um orc muito mal, mais do que qualquer outro orc. Os únicos que ele
respeitava eram sua família, e mesmo assim ele odiava a minha tribo. Éramos
pacifistas demais para o gosto dele. Porém, meu tio tinha falhas, em um de seus
saques ele estuprou uma humana, se afeiçoou a ela. Dessa união nasceu meu
primo, um meio orc que ele chamou de Gorknagar. Meu primo era considerado fraco
pela tribo do meu tio, mas sobreviveu apenas por ser filho do líder. Ele se
tornou um ranger e a ultima vez que eu vi ele andava com um garoto escravo
humano...
Orkram
queria que meu pai reforçasse a sua tribo, queria os guerreiros bárbaros que
residiam em nossa tribo, porém meu pai não queria abrir mão de seus soldados.
Um dia, Orkram surgiu na nossa vila. A conversa não foi amistosa e ouvem brigas
e discussões, minha mãe entrou no meio da briga e saiu ferida, meu pai foi
tentar defende-la e foi golpeado no estomago, o que eu vi depois disso nunca
saiu da minha mente. Vi orcs lutando contra orcs, uns querendo dominar os
outros, por fim sobraram apenas os mais fortes. Meu tio matou meu pai, surrou
aqueles guerreiros que ele queria para o seu grupo e levou todo mundo para a
vila principal. Lá, aprendi a dura lição de ser o que eu nascia para ter sido
desde o principio, um guerreiro selvagem imundo e conquistador.
Os
anos passam rápido para os de minha espécie, com 15 anos eu já era um adulto.
Aprendi a lutar e me juntei aos soldados de meu tio, Orkram Borknagar o
usurpador. Eventualmente, constitui família. Conheci Allura, uma jovem
guerreira da tribo. Envolvemos-nos, tivemos dois filhos. Vivi aquela vida na
vila e o único momento de tranquilidade era quando estava à noite com meus
filhos e minha esposa. Ela me compreendia, eu fazia planos de um dia voltar à
vila onde nasci e reconstruí-la.
Apesar da
violência, da truculência, não era aquilo que eu gostava de fazer na vida. Eu
não via satisfação em dominar uma vila, em saquear aldeões que o único erro na
vida foi viver uma vida simples em uma região inóspita.
Um
dia nos mandaram atacar uma vila de pequeninos, devíamos pegar o máximo de
suprimentos, pois um inverno rigoroso estava por vir. Chegamos à vila ao
anoitecer e atacamos. Até então eu achava que era uma vila de homens, até que
vi pequenas criaturas, parecidas com crianças, correndo tentando se defender.
Foi um massacre, mas eu não participei. Eu estava com muita pena... Que
satisfação tem em enfrentar formigas? Nada fiz e ignorei as ordens do “capitão”
do grupo. Ele não gostou nada disso e veio para cima de mim, nem vi quando
entrei no meu estado mais puro de raiva e acertei o meu machado na sua cabeça. Acertei-o
com tanta força que meu machado ficou cravado em seu crânio, meus companheiros
viram aquilo e ficaram sem entender, foi preciso dois deles para me segurar e
impedir que eu continuasse destroçando aquele puto. Eu já não gostava dele, só
precisava de um motivo, e ele me deu um...
Meus
companheiros me prenderam, terminaram o que começaram, mataram todos na vila, inclusive
as crianças, prenderam apenas um, o mais valente dos pequeninos, que resistiu
bravamente. “Vamos colocar ele na coleira, vai servir de marionete para gente,
nas fossas”, eles disseram. E quanto a mim, o pior se reservava a mim.
Chegando
à vila, meu tio ficou sabendo do que eu fiz e me prendeu. Levei mais chicotadas
do que podia contar. Mas o pior castigo ainda estava por vir...
Eles
me levaram para o centro da vila, disseram “Você é um orc morto. Seu sangue é
impuro, você tem dó desses fracos? Desses pequenos insetos que esmagamos
embaixo de nossas botas? Você é fraco, como o seu pai. Mas eu vou te fazer
forte...”.
A dor que senti, foi maior do que
qualquer chicotada, flechada ou pancada que algum dia eu já havia sentido na
vida, mataram meus dois filhos, minha esposa na minha frente. Allura tentou
lutar, mas foi dominada pela brutalidade dos orcs que a seguravam. Ela morreu
olhando para mim, para meus olhos. Depois disso apenas senti uma dor muito
forte na cabeça e um escuro, vazio que me abraçou inteiramente.
Acordo
com a voz de estridente e irritante de um pequenino. Ele chama minha atenção,
tenta me fazer recobrar meus sentidos. Por alguma razão que desconheço ainda
estava vivo. Era o pequenino que resistiu na sua vila “Ei, se levanta dai. Nós
dois vamos morrer, mas podemos morrer lá fora como dois prisioneiros, ou
podemos sair daqui e lutar, e morrer com dignidade. Meu nome é Willui. Eu escutei
o que fizeram lá fora. Eles vão te matar nas fossas, junto comigo. Mas a sorte
sorri para gente, grandão...”.
Eu
vejo que o pequenino consegue se soltar das amarras, ele me solta, um pouco
relutante, mas eu não demonstro agressividade contra ele. Não... Meus inimigos
estão lá fora.
Eu saio pela barraca, vejo que a
vila está sendo atacada por um grupo errante de humanos. Em meio à confusão eu
vejo aquela arma que daquele dia em diante será inseparável para mim. Meu
grande machado começa a abrir caminho por entre os orcs, que não sabem se se defendem
dos humanos ou de mim. Mato todos aqueles que estão no meu caminho, os humanos
saem em perseguição a um grupo maior, eu me prostro ante os restos de minha família.
Ouço Willui me dizendo que não há tempo para despedidas, precisamos sobreviver.
Eu jogos os seus restos mortais na grande fogueira, uma fogueira indigna de uma
pira fúnebre...
Saio com Willui, durante aqueles próximos
dias é a minha única companhia...
terça-feira, 1 de abril de 2014
Caminhando pelos ermos: um conto de um ranger louco...
A porta abre, abruptamente. As
pessoas que estão dentro da taverna se voltam para entrada. Um vento frio e uivante assopra pela porta,
dela passa Onias.
Sem muita cerimonia ele adentra o
recinto e fecha a pesada porta de madeira. Ignorando a presença do “intruso”,
as pessoas voltam as suas vidas ordinárias, bebendo, contando causos, ouvindo a
péssima música do bardo que insiste em tocar alguma coisa em troca de algumas
moedas de cobre.
Onias está pálido, cansado, mas
longe de ser por conta do frio. Ele se dirige ao taverneiro, Abatoz, um velho
companheiro de aventuras.
- Que isso homem? Está frio la
fora, mas já passamos por pedaços mais gelados. O que sucede, parece que viu um
fantasma... – Abatoz diz olhando para o amigo, prostado sobre o balcão.
- Um fantasma? Talvez, seja como
for ainda não acredito em tudo que me aconteceu nos últimos 3 dias. Me ve um
pouco de cerveja e um rosbife, bem preparado. Há dias não como igual a um
homem... – Onias se ajeita na cadeira, tateia pela roupa procurando seu
cachimbo. Ele o encontra, separa um pouco de fumo e prepara para acender o
cachimbo.
- Ora pois, diga então o que se
sucedeu. Um ranger como você, acostumando a caçar pela tundra desse jeito. O
que houve? Teve problemas?
Onias respira fundo, acende seu
cachimbo. Em sua feição da para notar que há dias ele não fumava nada.
Quer saber o que me aconteceu?
Muito bem, eu vou lhe dizer. Talvez eu contando essa historia eu consiga
acreditar no que meus olhos viram...
- Ah mais ou
menos uma semana, ou duas, eu venho caçando pela tundra. Você sabe, eu sempre
troco mercadoria com os elfos antes de gelar tudo por essas bandas. Ai me recolho e espero o frio passar.
- Pois bem, estava
andando por ai quando detectei rastros em várias direções. Rastreei e consegui
identificar alguns orcs pela região. Não podia arriscar um confronto sozinho,
eram muitos, 5 ou 6 mais ou menos, então decidi contornar e segui r em frente.
Andando um pouco mais adiante, um ou dois dias de caminhada e encontrei esse
grupo de orc, mortos. Estavam todos dilacerados, cortados por uma arma pesada,
imagino que uma espada muito grande ou um machado. Estavam sem armas, e do
jeito que caíram em batalha ficaram. Mas... vi algo que me chamou a atenção,
dois rastros. Um de uma pessoa grande, forte e pesada, possivelmente em orc e
outro... de uma criança!!! – Onias passa a mão na testa, enxuga o suor. Está
visivelmente alterado enquanto conta a historia. Ao seu lado, um gordo que
bebia cerveja esta parado, ouvindo a sua história.
- Então, eu vi
aquele rastro estranho e, movido pela minha curiosidade eu decidi segui-los.
Estavam em um ritmo acelerado, eram cautelosos. Mais a noite, no raiar daquele
dia o vento muito, era arriscado continuar na trilha então decidi contornar.
Passei a noite no oco de uma arvore. Acordei de madrugada e sai, para tentar
seguir a trilha e apertar o passo, ver se eu alcançava a dupla. Cheguei no
acampamento noturno deles pela manhã. Estava frio, com certeza eles comeram e
dormiram ai. Vi onde levantaram uma cabaninha, provavelmente para criança, e
onde o orc deitou-se. Contra um arvore, vi no chão um buraco provavelmente onde
ele apoiou a ponta do seu machado. Bom, apertei o passo e ao meio dia, consegui
avista-los. Permaneci imóvel, e em silencio, e ouvi... – Chega ao balcão o pedido
de Onias, seu rosbife muito bem preparado e uma caneca de cerveja. Mais do que
depressa ele abandona a fala e começa a comer, com uma incrível gula.
- O que você
ouviu homem de Deus? – Diz Abatoz com um tom aflito em sua voz. Ele sabia que
era diversão garantida, sempre, os relatos de seu amigo ranger.
- Então, eu
ouvi risadas. Era uma voz esganiçada, fina, e quando eu olhei na estrada
estavam um orc, machado grande nas costas, caminhando e ao seu lado o que
inicialmente eu pensei que fosse um garoto. Mas se aproximando um pouco eu vi,
era uma criatura que eu só havia visto uma vez na vida... um halfling! Ele
falava alguma coisa para o grandão enquanto ria, e o orc apenas se ocupava de
continuar seu caminho. Eu estava ali,
olhando minhas “presas” quando eu me tornei a caça. Estava distraído e não
percebi quando fui cercado por um bando errante. Me pareciam ser goblins,
confesso, não vi direito só senti a ponta da lança nas costas. Me virei e
começou a luta. Os covardes me atacaram sem piedade, eu estava distraído. Até
que consegui reagir tomei uma estocada na barriga. – Onias levanta a camisa e
mostra o local da ferida, agora cicatrizado – Tentei levantar e reagi, consegui
acertar o filho da puta que estava na minha frente, o de trás tentou me dar uma
espadada. Rolei a frente e sai do flanco dos dois, agora estavam na minha
frente. Três goblins e um maior, um orc. Eu estava enrascado. Já me preparava
para a morte certa, quatro contra um era covardia e eu estava ferido para
correr, quando ouvi um barulho infernal vindo atrás dos meus atacantes. Ele era
enorme... e gritava – Nesse momento Onias bebe um pouco da sua cerveja, respira
fundo e continua o relato:
- O orc era
descomunal, em um golpe ele derruba o seu semelhante que estava de costas para
ele, no barulho os menores se viram, eu aproveito e acerto um deles. Os outros
dois se preparam, em dois golpes rápidos eles caem, o da direita cai primeiro,
o segundo cai em seguida. O que eu acertei antes se sente perdido e eu finalizo
ele, com um golpe rápido e certeiro nas costas. O enorme orc se vira para mim,
eu espero o pior. Vejo seus olhos, que estão vermelhos, uma cara de raiva e fúria
que so de olhar para ele eu já me sentia pequeno, e inferior. Estava ali, me
despedindo do mundo quando ele abaixa o machado, olha os covardes caídos no
chão e estende a mão para mim...
- Eu estava
ali, caído, machucado, e quem me salvou deveria me matar, eu precisava ser
prudente. Estava assustado, quando ele me disse:
- Não tenha
medo humano! Se eu o quisesse morto, o teria feito dois dias atrás, quando percebi que nos
seguia. Pelo seu jeito de vestir, imagino que esteja acostumado a andar por
essas bandas. – Diz o enorme orc.
- É esse o
carinha que nos seguia Othan? Hahahahaha pelo menos eles serviu de isca para os
nossos coleguinhas goblinoides aqui – Diz o halfling saindo detrás das moitas.
- Permita-me
que eu me apresente. Meu nome e Willui. Não é Wilbor, William nem Will é
Willui. Eu e meu amigo grandão aqui estamos procurando um lugar para passar o
inverno. Como você sabe meu amigo aqui não é exatamente um exemplo de simpatia
e com certeza não poderemos ficar na taverna do pônei cantante, ou seria pônei deitante?
Bom, seja como for, acho que você precisa de uns pontinhos nessa barriga
hahahaha .
- Eu... eu
estava indo para cidade. Não esperava encontrar gente aqui ainda por essas
matas. Achei um pequeno grupo de orcs e depois eles mortos. E a primeira vez
que vejo um orc andando com um halfing. Pensava que vocês eram inimigos
naturais...
- Meu amigo,
não se engane pelas aparências. Eu e o grandão aqui, somos melhores amigos da
face dessas terras. Não é grandão? -
Nisso, o orc se virou para o pequeno e disse:
- Vamos logo,
precisamos apertar o passo. Quero chegar logo aos pés da montanha.
Amigos, o pequeno mexeu na minha
ferida, colocou uma bandagem em cima e balbuciou algumas palavras, a ferida se
fechou. Era arriscado permanecer ali e ante a insistência do grandão, decidi
acompanha-los.
Descemos a grande trila, a todo
momento Willui ficava cantarolando, contando causos, conversando. Eu, sem
graça, ficava calado. Othan, o Orc, ficou calado o tempo todo, quando abria a
boca era para indicar por onde deveríamos ir. Antes do anoitecer eu resolvi
arriscar e perguntei:
-
Sei que é estranho eu não ter perguntado antes mas, o que um orc e um halfling
fazem andando juntos? Eu pensava que o povo de vocês eram inimigos! – eu disse,
temendo uma resposta. Eis que Othan se vira para mim e diz:
-
Há muito o que você não sabe sobre o meu povo. A sua honra e o seu orgulho os
deixo a muito tempo atrás. Eu decido que o meu dever para com eles acabou
quando meus filhos foram mortos. – Ante isso não havia muito o que eu dizer.
Willui disse:
-
Nem todo orc bom é orc morto. Othan e eu temo s um pacto de não agressão mutuo.
Hahahaha. A muito tempo atrás, um orc guerreiro subjugado estava condenado a
morte. Ao seu lado, um prisioneiro halfling que provavelmente serviria de
jantar a noite. Esse halfling propõe: “Podemos morrer aqui hoje. Mas podemos
escolher como vamos morrer, vamos morrer mais tarde, ou morreremos tentando
sair daqui? O que me diz Orc? O orc
responde: “Eu odeio halflings, mas odeio
orcs ainda mais...” E fim da história!!! Aqui estamos nós. Eu ajudei Othan a
fugir da sua cela, ele abriu caminho pelos guardas, nos fugimos dos orcs como
dois condenados e desde então estamos por ai, por essas bandas. A dois verões,
não é mesmo Othan? - O orc de nada
respondeu, apenas balançou a cabeça.
Amigos,
eu devo lhes dizer, os dois faziam uma boa dupla. Claramente Othan sabia andar
por aquelas bandas e Willui nos distrai caminhando pelos ermos. Andamos mais ou
menos uma semana, até que chegamos nas redondezas da cidade. Othan me deixou na
trilha, são e salvo. Willui compartilhou comigo sua comida. Dei para os dois 3
moedas de ouro, 10 balas de funda. Era tudo que eu tinha. Então, caminhei mais
uma tarde e cheguei aqui na taverna, onde lhes conto isso.
-
BOBAGEM!!! TOLICES DE UM RANGER LOUCO! – Brada um dos ouvintes, agora muitos,
os quais Onias nem sequer havia percebido que estavam prestando atenção da sua
historia.
Onias
se levanta, mostra a ferida na frente e nas costas, tratadas com a cura do
Halfling, e diz:
-
Se duvida da minha história, ande por ai. Quem sabe algum dia não tope com
Othan e Willui. E reze, muito, para todos os deuses, pra não ter encontrado eles
e resolver atacar Othan... o seu machado é muito grande!
quinta-feira, 27 de março de 2014
Saudações!
Depois de um longo hiato, resolvi tirar as poeiras das páginas do Taverna do Macaco. A aventura a qual todos estavamos participando com o ilustre mestre PP acabou com a morte de todos os personagens. Eu fiz um ranger, segui um guia que eu achei muito interessante do Treantmonk sobre rangers, e iamos bem. Porém invadimos uma caverna cheia de orcs e o resultado foi... morte total. Após isso o Marcilio assumiu uma nova campanha enquanto o mestre PP vai retomar a dele após um momento de preparação.
Então, como a campanha do Marcilio já esta em andamento a algumas semanas, vou aproveitando o espaço para divulgar alguns contos, traduções, conceitos de personagem que um dia eu pretendo desenvolver ainda, se assim permitirem os dados...
Chega mais, puxa uma cadeira, vamos conversar...
Então, como a campanha do Marcilio já esta em andamento a algumas semanas, vou aproveitando o espaço para divulgar alguns contos, traduções, conceitos de personagem que um dia eu pretendo desenvolver ainda, se assim permitirem os dados...
Chega mais, puxa uma cadeira, vamos conversar...
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Elfos x Bugbears (Parte 3)
Após ser ferido, caio novamente em
batalha. Havia feito o meu melhor enfrentando a criatura, lutando (ou tentando)
como um verdadeiro guerreiro apesar de não ter aptidão nenhuma para com essa
carreira. Enfim, havia caído tentando proteger os meus amigos e claro, não posso esquecer a razão disso tudo, cai tentando ajudar os meus irmãos de sangue Elfos (apesar de nenhum ter sobrevivido). Até aqui me senti
frustrado. Havíamos lutado bravamente para que? para cairmos diante dessas
criaturas? Sim, elas afetam de alguma forma o equilíbrio entre bem e mal desse
mundo (essa conversa pode ir longe...) e quanto menos delas existirem melhor,
mas, até então tudo que passamos foi em vão. Frustração, foi o que senti nos
segundos finais que tive de consciência.
Mas este será mesmo o fim? Certamente as
chances de uma nova intervenção divina são remotas, restando então apenas
uma oportunidade, Mandrake. Ele poderia (embora exausto) finalizar a criatura,
pois ela já estava ferida. Consegui feri-la em combate e ele teria sim
condições de terminar o trabalho. E foi assim que aconteceu, ele conseguiu com
um virote de besta ferir o Bugbear e o matou. Ótimo trabalho feiticeiro, sua
fama de fujão certamente será minimizada depois deste feito. Eu obviamente não
vi nada pois estava inconsciente, mas pelo que me foi contado depois por ele, o
restante da luta foi feroz. Enfim, estávamos feridos, porem iriamos (de certa
forma) viver.
Após a queda do monstro, todos estávamos inconscientes
e Mandrake muito debilitado. Foi então que apareceu uma nova figura no jogo, um
novo companheiro, Vargas o ranger. Ele apareceu em um momento em que estávamos
perto do fim, ou seja, ele chegou em uma ótima hora. Fomos carregados morro a
cima (certamente Krolm pelo seu tamanho deve ter dado trabalho) e colocados em
volta de uma fogueira em segurança. Ali iríamos passar a noite. Acredite, ter uma companheiro que entende
bem de sobrevivência, maximiza muito as chances de sucesso em um lugar desses,
ainda mais no inverno e também após um combate terrível como o que enfrentamos.
Acordei somente na manhã seguinte. Até
então eu não conhecia Vargas mas estava ferido e cansado demais para questionar
a sua presença. Se ele quisesse fazer algum mal contra a gente ele já teria
feito. E foi nessa linha de pensamento que resolvi entender melhor a situação.
Vargas havia nos ajudado e também limpado o campo de batalha que agora
contemplava os corpos dos Elfos e também das criaturas que caíram em batalha.
Recolhemos os espólios que teoricamente teriam algum valor (principalmente os
mágicos). Infelizmente os Elfos caídos no combate não iriam mais precisar de
seus pertences e estes seriam mais úteis conosco.
Vargas nos guiou depois até um forte
protegido por Elfos. Certamente o grupo que enfrentava as criaturas deve ter
vindo deste local. Diante de todo o cenário que havíamos passado, comecei a
entender que algo maior estava acontecendo. A continuação dessa
história eu conto depois...
Hantale (Obrigado).
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